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O elo oculto entre enxaqueca e AVC que está preocupando médicos

Um estudo recente publicado na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes acendeu um sinal de alerta no campo da neurologia: a enxaqueca, frequentemente subestimada, está entre os principais fatores de risco não tradicionais para o AVC (Acidente Vascular Cerebral) em pessoas com menos de 45 anos.
Embora condições como hipertensão, diabetes e colesterol alto sejam amplamente reconhecidas como vilãs para a saúde cardiovascular, pesquisadores descobriram que a enxaqueca tem um papel surpreendentemente relevante — especialmente entre as mulheres jovens, onde pode estar associada a até 35% dos casos de AVC.
Mulheres jovens: um grupo em risco crescente
A análise envolveu dados de mais de 2.600 vítimas de AVC comparadas com um grupo controle de 7.800 indivíduos. O resultado mostrou que, entre os adultos jovens, a enxaqueca é o fator não tradicional mais presente em casos de AVC, afetando até 20% dos homens e 35% das mulheres com menos de 45 anos.
Segundo a Dra. Michelle Leppert, principal autora da pesquisa:
“Este pode ser o primeiro estudo a quantificar com precisão o risco da enxaqueca em adultos jovens com AVC.”
Além da enxaqueca, outras condições também aparecem como ameaças ocultas, como:
- Distúrbios de coagulação sanguínea
- Doenças autoimunes
- Insuficiência renal crônica
- Entre os participantes com menos de 35 anos, esses fatores não convencionais foram mais comuns que os tradicionais: 31% dos homens e 43% das mulheres apresentavam riscos não clássicos, contra 25% e 33%, respectivamente, com fatores tradicionais.
Entendendo os diferentes tipos de enxaqueca
Reconhecer os tipos de enxaqueca é essencial para entender seu impacto neurológico:
- Com aura: precedida por distúrbios visuais, formigamento ou dificuldade de fala.
- Sem aura: mais comum, com dor pulsante intensa e sensibilidade à luz e som.
- Crônica: ocorre em 15 ou mais dias por mês, por mais de três meses seguidos.
Gatilhos que você precisa conhecer
Diversos elementos podem desencadear uma crise de enxaqueca, e identificá-los é o primeiro passo para prevenir complicações sérias, como o AVC. Entre os principais:
- Alterações hormonais
- Estresse e ansiedade
- Dieta irregular
- Privação de sono
- Exposição a luz ou som intensos
- AVC: prevenir é agir rápido
A principal mensagem do estudo é clara: a enxaqueca não deve ser ignorada. Especialmente se for recorrente, acompanhada de sintomas neurológicos ou presente em pessoas com histórico familiar de doenças cerebrovasculares.
Buscar acompanhamento médico, realizar exames e iniciar o tratamento adequado podem reduzir consideravelmente o risco de AVC e salvar vidas.
Sintomas menos conhecidos do AVC podem indicar perigo
Sintomas atípicos de AVC, como confusão súbita, perda de equilíbrio e visão turva, exigem atenção imediata. Especialistas alertam que o reconhecimento rápido desses sinais menos conhecidos pode salvar vidas. Diagnóstico precoce e ação rápida são cruciais para minimizar sequelas e aumentar as chances de recuperação do paciente. Clique aqui para saber mais.