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Estudo mostra ligação entre bactérias intestinais e câncer colorretal

Uma nova pesquisa da Cleveland Clinic lança luz sobre uma possível ligação entre o microbioma intestinal e o aumento preocupante dos casos de câncer colorretal de início precoce, que atinge pessoas com menos de 50 anos. O estudo, publicado na revista eBioMedicine, da Lancet Discovery Science, revela que pacientes mais jovens apresentam perfis bacterianos distintos em seus tumores.
Esse achado pode representar um avanço importante no desenvolvimento de biomarcadores para triagem precoce e novas estratégias de tratamento direcionado para o câncer colorretal.
Incidência crescente e fatores de risco preocupantes
De acordo com a Sociedade Americana do Câncer, a incidência e mortalidade do câncer colorretal de início precoce vêm crescendo a taxas anuais de 1,5% e 1,2%, respectivamente. Estimativas indicam que, até 2030, os casos de câncer de cólon podem dobrar e os de câncer retal quadruplicar entre adultos jovens.
A análise feita com amostras de tecidos de 136 pacientes com diagnóstico precoce e 140 com câncer colorretal de início tardio mostrou que bactérias como Akkermansia e Bacteroides estavam mais presentes em tumores de jovens. Além disso, esses tumores tendem a se formar no lado esquerdo do cólon e no reto, sendo frequentemente diagnosticados em estágios avançados.
Estilo de vida e o impacto no microbioma
Os pesquisadores destacam a necessidade de aprofundar os estudos sobre como o estilo de vida influencia o microbioma intestinal e, por consequência, o risco de câncer colorretal precoce. Fatores como dieta rica em ultraprocessados e pobre em fibras, uso frequente de medicamentos como antibióticos e a obesidade podem alterar a composição da flora intestinal de maneira nociva.
Sinais de alerta para o câncer colorretal
Embora o câncer colorretal possa se desenvolver sem sintomas evidentes nas fases iniciais, alguns sinais devem servir de alerta. Mudanças no hábito intestinal, sensação de evacuação incompleta, fezes mais finas, fadiga persistente e perda de peso não intencional podem ser indicativos.
Com o avanço da doença, sintomas como sangue nas fezes, cólicas abdominais, inchaço e anemia se tornam mais frequentes. O diagnóstico precoce é essencial para melhorar as chances de tratamento bem-sucedido.