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Saiba como ocorre o diagnóstico de TDAH em crianças e adultos

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Saiba como ocorre o diagnóstico de TDAH em crianças e adultos


O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta crianças, adolescentes e pode persistir na vida adulta. Os sintomas do TDAH influenciam diretamente o comportamento, o foco, a organização e a interação social da pessoa, comprometendo atividades escolares, familiares e profissionais.

O TDAH é caracterizado por três grupos principais de sintomas: desatenção, hiperatividade e impulsividade. Existem três tipos de TDAH, de acordo com o predomínio desses sintomas:

  • TDAH do tipo desatento
  • TDAH do tipo hiperativo-impulsivo
  • TDAH do tipo combinado (mais comum)

Sintomas mais comuns

Os sintomas variam de acordo com a idade e o tipo de TDAH. Em crianças, é necessário que ao menos seis sintomas estejam presentes por mais de seis meses, em mais de um ambiente (como escola e casa). Em adultos, o número mínimo é de cinco sintomas.

Não há um exame único para diagnosticar o TDAH. O processo é multidisciplinar
Não há um exame único para diagnosticar o TDAH. O processo é multidisciplinar – KatarzynaBialasiewicz/istock

Sintomas de desatenção:

  • Dificuldade em manter o foco
  • Cometer erros por descuido
  • Esquecer compromissos ou objetos
  • Evitar tarefas que exijam esforço mental constante
  • Problemas para organizar atividades

Sintomas de hiperatividade e impulsividade:

  • Inquietação constante
  • Falar em excesso
  • Dificuldade em esperar a vez
  • Interromper conversas ou brincadeiras
  • Levantar-se em situações em que se espera que permaneça sentado

Como é feito o diagnóstico do TDAH?

Não há um exame único para diagnosticar o TDAH. O processo é multidisciplinar e envolve:

  • Avaliação médica e histórico familiar
  • Observação de comportamento em diferentes contextos (escola, casa, lazer)
  • Questionários e escalas específicas, como: Escalas de Avaliação de TDAH-IV ou TDAH-5, Escalas de Conners e Escalas de Vanderbilt.

Além disso, o diagnóstico se baseia nos critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-5). Esses critérios ajudam a identificar o número, a frequência e o impacto dos sintomas na rotina da criança ou adulto.

O TDAH é comumente observado em crianças e adolescentes, mas os sintomas podem persistir na idade adulta
O TDAH é comumente observado em crianças e adolescentes, mas os sintomas podem persistir na idade adulta – Thx4Stock/istock

Diagnóstico em adultos

Embora o TDAH seja frequentemente identificado na infância, muitos adultos — especialmente mulheres — só recebem o diagnóstico tardiamente. Isso acontece porque os sintomas podem se manifestar de forma diferente, como desorganização crônica, dificuldades de memória e impulsividade emocional.

Triagem para condições relacionadas

Os sintomas do TDAH podem se assemelhar a outros transtornos do desenvolvimento, emocionais ou comportamentais. Alguns transtornos também podem ocorrer concomitantemente com o TDAH. Essas condições são conhecidas como comorbidades. As comorbidades para o TDAH incluem, entre outras:

  • Dificuldades de aprendizagem
  • Distúrbio de linguagem
  • Transtorno do espectro autista (TEA)
  • Distúrbios do sono
  • Depressão
  • Ansiedade
  • Transtorno opositivo desafiador
  • Transtorno de conduta

Durante o processo de diagnóstico, o profissional de saúde pode utilizar uma variedade de avaliações para garantir que os sintomas sejam decorrentes do TDAH e não de outra condição relacionada. Se o profissional de saúde ainda não tiver certeza sobre a causa raiz dos sintomas, poderá optar por exames e avaliações de saúde mental adicionais. 

Quando buscar ajuda?

Pais que suspeitam de TDAH em seus filhos devem procurar um pediatra, psicólogo ou especialista em saúde comportamental. O diagnóstico precoce é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança e para evitar prejuízos acadêmicos e sociais.

Nos adultos, o diagnóstico pode melhorar significativamente a qualidade de vida, principalmente quando os sintomas afetam a vida profissional e os relacionamentos. Com o diagnóstico certo, é possível elaborar um plano de tratamento individualizado, que pode incluir terapia comportamental, orientação familiar, apoio educacional e, quando necessário, medicação.

 



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