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Vacina contra Alzheimer dá mais um passo que pode revolucionar o tratamento

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Vacina contra Alzheimer dá mais um passo que pode revolucionar o tratamento


Uma nova esperança surge no combate ao Alzheimer. Pesquisadores da Universidade de Ciências da Saúde do Novo México (UNM) estão mais próximos de iniciar os testes clínicos em humanos de uma vacina experimental promissora, que tem como alvo a proteína tau — um dos principais agentes envolvidos no avanço da doença. A novidade representa um avanço significativo na busca por uma abordagem mais eficaz na prevenção e no tratamento do Alzheimer.

A pesquisa, publicada na revista Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, mostra que a vacina gerou uma forte resposta imunológica em camundongos e primatas, o que indica segurança e eficácia suficientes para o próximo passo: os testes clínicos em humanos.

Por que a proteína tau é o novo alvo?

Tradicionalmente, os tratamentos contra o Alzheimer têm focado na redução do acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro. No entanto, os resultados têm sido modestos, com pouca influência real na progressão da doença. Por isso, muitos especialistas voltam seus olhos agora para a proteína tau, que em sua forma anormal (hiperfosforilada) forma os emaranhados neurofibrilares, um dos principais marcadores do Alzheimer.

Ao atacar a tau modificada, a nova vacina visa prevenir sua disseminação entre os neurônios, protegendo as funções cognitivas antes que o dano se torne irreversível.

Em testes com animais, vacina estimulou uma boa resposta imunológica e reduzir os emaranhados da proteína tau no cérebro
Em testes com animais, vacina estimulou uma boa resposta imunológica e reduzir os emaranhados da proteína tau no cérebro – Liuhsihsiang/istock

Como funciona a vacina contra Alzheimer

A vacina utiliza uma plataforma inovadora de partículas semelhantes a vírus (VLPs). Esses VLPs são estruturas virais sem material genético, o que os torna inofensivos, mas eficazes em estimular o sistema imunológico. Fragmentos da proteína tau alterada (especificamente a região pT181) são fixados nessas partículas, induzindo o organismo a produzir anticorpos contra essa versão tóxica da proteína.

Nos testes com animais, a vacina:

  • Estimulou uma resposta imunológica robusta
  • Reduziu os emaranhados de tau no cérebro
  • Melhorou o desempenho cognitivo dos camundongos
  • Demonstrou eficácia em primatas não humanos, cujo sistema imunológico é mais parecido com o humano
  • Além disso, os anticorpos gerados nos macacos foram testados em tecidos de pacientes com Alzheimer e conseguiram se ligar à tau humana, indicando um alto potencial de eficácia também em humanos.
A proteína tau, quando anormal, torna-se tóxica e está associada a diversas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer
A proteína tau, quando anormal, torna-se tóxica e está associada a diversas doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer – selvanegra/istock

Próximos passos: testes clínicos em humanos

A equipe da UNM já está em busca de financiamento para iniciar os ensaios clínicos de Fase 1. Caso a vacina se mostre segura em humanos, os testes avançarão para avaliar sua eficácia em prevenir ou retardar o avanço da doença.

Segundo os pesquisadores, o protocolo prevê uma dose inicial e duas doses de reforço, sem a necessidade de adjuvantes adicionais. Essa simplicidade pode facilitar a aplicação em larga escala no futuro.



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