Smokey Robinson é processado por agressão sexual por quatro ex-empregadas domésticas

Quatro mulheres acusaram Smokey Robinson de assédio sexual e de tê-las estuprado repetidamente enquanto trabalhavam como empregadas domésticas para o ícone da Motown e sua esposa, em diferentes períodos desde 2007. As informações são da Rolling Stone.

Em um novo processo aberto nesta terça-feira em Los Angeles, as mulheres alegam que o cantor e produtor de soul encontrava maneiras de isolá-las em suas casas no Vale de San Fernando e em Las Vegas, forçando-as a ter contato sexual apesar de suas negativas. A ação judicial inclui acusações de agressão sexual, abuso sexual, cárcere privado e violência de gênero contra Robinson. A esposa de Robinson também é nomeada como co-ré no processo, sob as acusações de promover um ambiente de trabalho hostil, negligência e sofrimento emocional intencional e negligente. (Um representante de Robinson não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.)

Segundo o processo, a autora identificada como Jane Doe 1 alega que Robinson a abusou sexualmente pelo menos sete vezes entre janeiro de 2023 e fevereiro de 2024. Ela afirma que Robinson levava sua esposa ao salão de beleza nos fins de semana, corria de volta para casa e a atraía para seu “quarto azul”, onde trancava a porta e colocava uma toalha branca sobre a cama para não “sujar os lençóis”. A mulher afirma que Robinson ignorava sua resistência e a penetrava “bruscamente”, sem usar preservativo.

Jane Doe 2 alega que trabalhou para Robinson e sua esposa entre maio de 2014 e fevereiro de 2020. Ela afirma que Robinson a forçou a participar de atos sexuais não consentidos em pelo menos 23 ocasiões diferentes. Segundo ela, Robinson a obrigava a fazer sexo oral nele antes de penetrá-la à força, também sem preservativo. Ela diz que ele “gostava de ejacular em seu rosto, para sua satisfação e humilhação absoluta dela”.

Jane Doe 3 alega que Robinson “a assediou e agrediu sexualmente e a estuprou repetidamente durante quase todo o seu período de trabalho”, entre fevereiro de 2012 e abril de 2024. Ela afirma que Robinson seguia um “ritual”, no qual tomava banho, colocava uma toalha sobre a cama e, em seguida, a despia antes de forçá-la a deitar de bruços para penetrá-la. Ela alega que isso aconteceu pelo menos 20 vezes, e que, em uma ocasião, quando resistiu às investidas, Robinson lhe ofereceu 500 dólares para que permitisse que ele fizesse sexo oral. Ela recusou a proposta, conforme consta no processo movido pelos advogados John W. Harris e Herbert Hayden em nome das quatro mulheres.

Jane Doe 4 diz que começou a trabalhar para Robinson e sua esposa em 2006 e foi forçada a se demitir em abril de 2024 devido aos abusos alegados. Ela afirma que Robinson a agrediu sexualmente pela primeira vez em 2007, quando o acompanhou até sua casa em Las Vegas. Ela diz que ele a forçou a entrar no quarto e a estuprou. Afirma também que Robinson voltou a agredi-la várias vezes a partir de 2019, prendendo-a no quarto e estuprando-a sobre uma toalha colocada na cama.

“Ele arrancava as roupas de [Jane Doe 4] e, contra suas objeções, a empurrava para a cama e a estuprava”, afirma o processo de 27 páginas obtido pela Rolling Stone. “O réu Smokey Robinson nunca usou preservativo durante os abusos sexuais, ejaculando dentro de sua vagina ou se retirando e ejaculando sobre seu corpo, para sua satisfação e humilhação absoluta dela.”

Três das mulheres identificadas como Jane Doe dizem que não denunciaram os abusos por medo de perderem seus empregos e por possíveis consequências negativas relacionadas ao status imigratório. Elas se sentiram “intimidadas” pela “celebridade amplamente reconhecida de Robinson e por seus amigos e associados influentes”, afirma o processo.

Segundo a denúncia, a esposa de Robinson, Frances, “não tomou as medidas corretivas apropriadas para impedir a conduta desviante do réu Smokey Robinson”, apesar de supostamente “ter pleno conhecimento de seus atos anteriores de má conduta sexual, tendo resolvido casos com outras mulheres que sofreram e experimentaram agressões sexuais semelhantes perpetradas por ele”.

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