Música
O que os eleitores do Hall da Fama do Rock têm contra Mariah Carey, Oasis e Phish?

Neste ano, o Hall da Fama do Rock incluirá nomes como Soundgarden, Outkast e The White Stripes — mas alguns nomes de peso que estavam na lista de indicados ficaram fora, mais notavelmente Mariah Carey (pela terceira vez!), Oasis e Phish. As informações são da Rolling Stone.
Carey é uma lenda incontestável do pop; Oasis gravou algumas das maiores músicas dos anos 1990 e está prestes a embarcar na turnê de reunião mais aguardada em anos; e o Phish é, bem, o Phish — uma banda que criou seu próprio universo, tocando em arenas há décadas. Então, o que aconteceu?
No novo episódio do Rolling Stone Music Now, podcast semanal da Rolling Stone, Andy Greene se junta ao apresentador Brian Hiatt para comentar os escolhidos deste ano (que também incluem Bad Company, Chubby Checker, Joe Cocker, Cyndi Lauper, Salt-N-Pepa e Warren Zevon) e as ausências. Ao longo da conversa, eles tentam entender a lógica por trás dos votos dos jurados do Hall da Fama. (Para ouvir o episódio completo, acesse seu provedor de podcast favorito, escute no Apple Podcasts ou Spotify, ou aperte o play acima.)
Oasis se encaixa em duas categorias que, às vezes, parecem enfrentar resistência dentro do Hall da Fama. Primeiro, eles são britânicos — os Smiths nunca entraram, e nem mesmo a combinação de New Order e Joy Division em uma única candidatura ajudou essas bandas. Segundo: o auge comercial deles foi nos anos 1990. Apesar da entrada do Soundgarden neste ano, outros nomes essenciais da década como Smashing Pumpkins, Weezer e Pavement, entre outros, nunca foram sequer indicados.
Quanto a Mariah Carey, Greene sugere que o problema esteja em eleitores mais velhos, que talvez não compreendam sua importância, além de jurados que buscam algum tipo de “espírito do rock & roll”, mesmo em artistas que não são do gênero — ele ouviu de ao menos um jurado que Carey de alguma forma não transmite essa essência, ao contrário, por exemplo, do Outkast, que entrou este ano. Talvez, se Carey lançar finalmente o álbum de rock alternativo perdido ao qual ela já se referiu em outro episódio do podcast, ela consiga vencer essa barreira.
Já Phish pode ter sido prejudicado pela divisão entre quem ama e quem odeia a banda, além de sua certa opacidade para quem não é fã. Diferentemente dos seus predecessores mais diretos, Grateful Dead, a banda nunca teve uma música que se tornasse um clássico do rádio, e as chances de um sucesso tardio, como “Touch of Grey”, parecem pequenas. Dito isso, se seguirmos o exemplo de bandas como o Rush, um documentário bem feito e que humanize os integrantes pode ser a chave para superar o ceticismo dos votantes.
Baixe e assine o podcast semanal da Rolling Stone, Rolling Stone Music Now, apresentado por Brian Hiatt, no Apple Podcasts, Spotify ou em qualquer plataforma de sua preferência. No arquivo, estão disponíveis oito anos de episódios, incluindo entrevistas aprofundadas com Mariah Carey, Bruce Springsteen, SZA, Questlove, Halsey, Neil Young, Snoop Dogg, Brandi Carlile, Phoebe Bridgers, Rick Ross, Alicia Keys, The National, Ice Cube, Taylor Hawkins, Willow, Keith Richards, Robert Plant, Dua Lipa, Killer Mike