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Hormônio do crescimento pode ajudar no tratamento da ansiedade, revela estudo da USP

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Hormônio do crescimento pode ajudar no tratamento da ansiedade, revela estudo da USP


A descoberta abre uma nova frente na pesquisa por tratamentos para transtornos mentais – iStock/SyhinStas
A descoberta abre uma nova frente na pesquisa por tratamentos para transtornos mentais – iStock/SyhinStas – iStock/SyhinStas

Tradicionalmente associado ao desenvolvimento físico, o hormônio do crescimento (GH, na sigla em inglês) começa a ganhar destaque por outra função surpreendente: seu potencial ansiolítico.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), publicado no The Journal of Neuroscience, revela que o GH também atua diretamente na regulação da ansiedade e da memória do medo.

A pesquisa, conduzida pelo professor José Donato Júnior, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e representa um avanço importante na compreensão das funções neurológicas do GH. Pela primeira vez, os cientistas conseguiram identificar o grupo específico de neurônios que modulam os efeitos do hormônio em condições neuropsiquiátricas como ansiedade, depressão e estresse pós-traumático (TEPT).

O foco da investigação foi a remoção dos receptores do hormônio do crescimento em células cerebrais que expressam o peptídeo somatostatina, conhecido por antagonizar os efeitos do GH. A manipulação genética foi feita em camundongos machos e resultou em um aumento claro de comportamentos ansiosos, indicando uma relação direta entre o GH e a regulação emocional.

Curiosamente, esse efeito não foi observado em camundongos fêmeas, o que levanta novas questões sobre possíveis diferenças sexuais na resposta ao hormônio — um ponto que os cientistas ainda buscam compreender.

Como foram feitos os testes? 

Para medir os níveis de ansiedade e medo, os pesquisadores utilizaram métodos consagrados na neurociência comportamental, como o teste do campo aberto, o labirinto em cruz elevado e a caixa claro-escuro. Além da ansiedade, os testes indicaram uma redução na memória do medo, um fator relevante para distúrbios como o TEPT.

Com mais de 18 milhões de casos, Brasil lidera ranking mundial de ansiedade – istock/PeopleImages
Com mais de 18 milhões de casos, Brasil lidera ranking mundial de ansiedade – istock/PeopleImages – PeopleImages/istock

A descoberta abre uma nova frente na pesquisa por tratamentos para transtornos mentais. O GH, antes restrito ao campo do crescimento físico e da medicina esportiva, pode vir a inspirar o desenvolvimento de uma nova geração de medicamentos ansiolíticos.

Segundo os autores, embora os achados ainda estejam em fase pré-clínica, os resultados apontam para um potencial terapêutico promissor — um avanço que reforça a importância da neuroendocrinologia na busca por soluções inovadoras para problemas de saúde mental.

*Com informações da Fapesp, Universidade de São Paulo (USP) e Portal do Governo.

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