Por que Thunderbolts possui um asterisco no nome? Entenda quem são os Novos Vingadores

Desde que a Marvel Studios anunciou o filme Thunderbolts* com um discreto — mas provocativo — asterisco no título, fãs e teóricos passaram meses tentando desvendar seu significado. Agora, com as informações mais recentes liberadas, o mistério finalmente foi solucionado.

Se você estava se perguntando o motivo para Thunderbolts ter um asterisco no nome, agora temos uma reposta oficial da Marvel. O símbolo não é apenas um detalhe estilístico ou um truque de marketing. Ele antecipa uma virada importante na trama do filme e marca o nascimento de uma nova era no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU).

Vamos entender?

Thunderbolts*: Quem são os Novos Vingadores?

Ao final do longa, o grupo até então conhecido como Thunderbolts adota um novo nome: Novos Vingadores (New Avengers). O asterisco, portanto, funciona como uma pista visual dessa transição — uma marca de que a equipe apresentada não permanecerá a mesma, e que seu papel no universo Marvel vai além das missões anti-heroicas e clandestinas. Ao invés de assumir a alcunha Vingadores Sombrios, como muitos fãs especulavam (em referência à fase liderada por Norman Osborn nos quadrinhos), a Marvel opta por resgatar o legado dos New Avengers, grupo que, nas HQs, representou uma ruptura com o status quo dos Vingadores tradicionais.

Nos quadrinhos, os Novos Vingadores surgiram em 2005, em meio ao colapso da formação clássica do grupo. Após os eventos devastadores de Avengers: Disassembled, em que a Feiticeira Escarlate destruiu a equipe por dentro, a ausência de uma força unificadora deixou o mundo vulnerável.

Quando uma fuga em massa na prisão conhecida como A Balsa ameaça Nova York, uma nova formação de heróis entra em ação — entre eles estavam personagens improváveis como Wolverine, Luke Cage e Homem-Aranha, todos reunidos por Capitão América e Homem de Ferro. O grupo rapidamente se tornou central no universo Marvel dos quadrinhos, ocupando um espaço que os Vingadores originais já não podiam mais preencher.

É esse espírito de reformulação que o filme Thunderbolts* parece adotar. Reunindo personagens como Yelena Belova, Bucky Barnes, John Walker e o Guardião Vermelho — figuras que caminham entre o heroísmo e a ambiguidade moral —, a equipe inicialmente atende aos interesses de Valentina Allegra de Fontaine, uma espécie de manipuladora nos bastidores. No entanto, ao longo da narrativa, eles passam por um processo de transformação: deixam de ser instrumentos do governo e passam a agir por vontade própria, guiados por um senso de justiça próprio, ainda que não tradicional.

O que esperar dos Novos Vingadores?

A decisão de rebatizar o grupo como Novos Vingadores tem peso simbólico. Primeiro, porque legitima esses personagens como sucessores do legado dos Vingadores originais, agora ausentes ou em rotas separadas. Segundo, porque prepara o terreno para Avengers: Doomsday, onde dois grupos rivais de Vingadores devem colidir — um liderado por Sam Wilson (o novo Capitão América), e outro por essa nova formação dos Thunderbolts*.

Essa dualidade ecoa diretamente os quadrinhos pós-Guerra Civil, quando duas equipes de Vingadores operavam com visões de mundo divergentes: os Novos Vingadores de Steve Rogers, que agiam nas sombras e contrariavam a lei, e os Poderosos Vingadores de Tony Stark, alinhados ao governo e ao registro de super-heróis. A tensão entre os dois grupos levou a conflitos intensos e, mais tarde, à união contra ameaças maiores — como a Invasão Secreta dos Skrulls e o colapso provocado por Norman Osborn e seus Vingadores Sombrios.

No MCU, o caminho parece semelhante. Com Thunderbolts* encerrando com a revelação do novo nome do grupo, e com Doomsday reunindo essa nova geração em um confronto de ideologias, o asterisco do título se torna muito mais do que um detalhe: é um prenúncio. Ele sinaliza que estamos diante de um ponto de inflexão na narrativa do MCU — uma transição entre velhos e novos heróis, entre passado e futuro.

A nova equipe, agora nomeada oficialmente como Novos Vingadores, não apenas preencherá o vácuo deixado pelos heróis originais, como trará uma nova perspectiva para o conceito de heroísmo no MCU. E se depender da Marvel, o asterisco será apenas o primeiro de muitos sinais de que nada será como antes.