Celebridade
Médico faz alerta sobre crise de Juliette em show de Lady Gaga: ‘Modo de fuga’

No último domingo (4), Juliette usou suas redes sociais para contar que sofreu uma crise de ansiedade durante o show de Lady Gaga no Rio de Janeiro
No último sábado (3), Juliette (35) esteve no Rio de Janeiro para o show de Lady Gaga (39) em Copacabana. Na área VIP do evento, a campeã do BBB 21 se sentiu sufocada e enfrentou uma crise de ansiedade, sendo flagrada por um internauta no momento exato do ataque. No dia seguinte, ela publicou um vídeo em suas redes sociais explicando mais detalhes da situação.
Em entrevista à CARAS Brasil, Dr. José Fernandes Vilas fala sobre a crise de ansiedade que Juliette sofreu durante o show de Lady Gaga, além de explicar o que a influenciadora digital tem de fato: “Trata-se de uma resposta intensa e abrupta do organismo diante de uma percepção de ameaça — mesmo que essa ameaça não seja real ou objetiva“.
“O cérebro ativa o eixo do estresse (eixo HPA), libera adrenalina e cortisol, e isso gera uma série de reações físicas e emocionais: coração acelerado, falta de ar, sudorese, tremores, medo de morrer, sensação de desrealização. É como se o corpo estivesse em modo de fuga, sem que o indivíduo entenda exatamente o motivo“, acrescenta.
Além disso, o psiquiatra aponta que o show ter sido realizado em um local com aglomeração pode ter piorado ainda mais o quadro de ansiedade da cantora. “Locais com aglomeração, excesso de estímulos sonoros e visuais, além da excitação coletiva, funcionam como amplificadores para quem tem sensibilidade emocional ou já vive sob altos níveis de estresse. Estar em meio a uma multidão sem rota de escape pode ativar o sistema límbico — especialmente a amígdala cerebral, área responsável por detectar ameaças — gerando o chamado ‘colapso autonômico’“, explica.
Em suas redes sociais, a influenciadora digital contou que se sentiu com falta de ar e sufocada no local, sintomas comuns das crises de ansiedade. O especialista aponta que o cérebro entende que está em risco e envia comandos para preparar o corpo para a fuga. “Com isso, a respiração fica curta, o diafragma se contrai, e surge a sensação de que falta oxigênio — mesmo quando há ar de sobra. Para o paciente, a experiência é desesperadora“, diz.
“O tratamento ideal é sempre multidisciplinar. Envolve psicoterapia (especialmente abordagens como a terapia cognitivo-comportamental), técnicas de respiração e regulação do sistema nervoso autônomo, e — quando necessário — o uso pontual de medicações. Na medicina funcional, também investigamos causas biológicas ocultas, como desequilíbrios hormonais, inflamações cerebrais silenciosas ou até déficits nutricionais (como magnésio, vitamina B6 e triptofano) que podem favorecer a instabilidade emocional“, conclui.
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