Connect with us

Música

Kerry King faz show de peso avassalador e gera as maiores rodas do Bangers Open Air 2025

Published

on

Kerry King faz show de peso avassalador e gera as maiores rodas do Bangers Open Air 2025


Kerry King tem admitido em entrevistas que ficou surpreso quando viu comentários negativos a respeito de From Hell I Rise (2024). Os mais críticos dizem que o guitarrista replicou, em seu primeiro e até agora único álbum solo, a sonoridade de sua ex-banda, o Slayer. Para o guitarrista e um dos membros fundadores do grupo encerrado em 2019 e reativado em 2024 somente para concertos especiais, é óbvio que soará dessa forma. Afinal de contas, seu trabalho de décadas ao lado de Tom Araya (voz e baixo) e, na maior parte do tempo, Jeff Hanneman (guitarra) e Dave Lombardo (bateria) o representa artisticamente. Aquilo ali é ele. Não dá para ser outra coisa.

Por isso, quem esperava testemunhar algo diferente do que foi oferecido durante seu aguardado show solo neste domingo, 4, no terceiro e último dia do festival paulistano Bangers Open Air, pode estar meio por fora. O show realizado por King ao lado de seus atuais parceiros — Mark Osegueda (Death Angel) no vocal, Paul Bostaph (Slayer, Exodus) na bateria, Phil Demmel (ex-Machine Head) na outra guitarra e Kyle Sanders (Hellyeah) no baixo — segue à risca a cartilha thrash metal estabelecida por, entre outros nomes consagrados, o próprio Slayer.

Foto: Igor Aleixo @aleixoox / Rolling Stone Brasil

Nem tudo é igual, claro. Alguns dos colegas de King salpicam temperos diferentes. Osegueda, por exemplo, até busca se enquadrar um pouco no estilo de Araya, mas conta com mais recursos vocais — o que se nota no Death Angel, inclusive. Sanders não inova no instrumento, mas tem presença de palco do tipo que não se viu jamais no antigo grupo de seu atual patrão. Demmel, uma lenda da guitarra por si só, é surpreendentemente bem aproveitado: sola tanto quanto o “chefe” ou até mais do que ele.

Como esperado, boa parte de seu repertório no Bangers veio de From Hell I Rise. Os destaques surgiram justamente da quinta música para frente: “Two Fists”, meio punk com direito a dispensar solo de guitarra; “Idle Hands”, canção que o próprio King diz ser o elo perfeito entre Slayer e sua carreira solo; “Shrapnel”, de riff e andamento claramente inspirados por Black Sabbath; e “From Hell I Rise”, faixa que batiza o álbum de 2024 e encerra o set em veia 100% thrash.

Foto: Igor Aleixo @aleixoox / Rolling Stone Brasil

Mas o público veio abaixo, mesmo, com as versões. Primeiro, “Disciple”, música do Slayer, mobilizou rodas na pista premium — algo que não havia ocorrido nos outros vários shows de sexta-feira, 2, e sábado, 3 — e até mesmo sinalizador. Logo na sequência, “Killers” comandou a já aguardada homenagem ao Iron Maiden da fase Paul Di’Anno, feita em shows desde a morte do citado vocalista, em outubro último, aos 66 anos. Clive Burr, baterista também dos primórdios do grupo inglês, foi outro nome citado no tributo.

Próximo ao fim, os portões do inferno se abriram com os ruídos que introduzem “Raining Blood”. Não ficou pedra sobre pedra. Talvez seja o maior clássico do heavy metal propriamente dito a ser tocado nos palcos principais do festival em 2025 — considerando que “Burn” (Deep Purple), executada por Glenn Hughes, não pertence 100% ao gênero. A histórica faixa ainda foi emendada com “Black Magic”. Deixou tanta gente satisfeita que alguns nem ficaram para assistir à conclusão com “From Hell I Rise”.

Foto: Igor Aleixo @aleixoox / Rolling Stone Brasil

Apesar dos momentos mais aclamados pelo público estarem ancorados nas homenagens a Iron Maiden e Slayer, não se deve dispensar o repertório próprio de Kerry King e banda. Resta saber se o guitarrista conseguirá transcender o interesse da plateia pelos clássicos para introduzir, de vez, suas novas composições. Mas isso é problema para depois. Para agora, você só precisa saber que o show do guitarrista e de seu grupo de apoio é do car@lho.

Foto: Igor Aleixo @aleixoox / Rolling Stone Brasil

+++ LEIA MAIS: A veterana banda de metal que mandou bem demais no 2º dia de Bangers Open Air
+++ LEIA MAIS: A banda de rock com “freiras” góticas e decotadas que roubou a cena no Bangers
+++ LEIA MAIS: Glenn Hughes desafia a lógica e sua própria idade com show no Bangers Open Air
+++ LEIA MAIS: Kerry King fala à RS sobre show no Brasil, carreira solo, Slayer e mais
+++ LEIA MAIS: Um papo com H.E.A.T, banda de hard rock que pode surpreender — de novo — no Bangers
+++ LEIA MAIS: Doro Pesch fala à RS sobre show no Brasil, tributo a Lemmy e memórias com o Kiss
+++ Siga a Rolling Stone Brasil @rollingstonebrasil no Instagram
+++ Siga o jornalista Igor Miranda @igormirandasite no Instagram



Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Revista Plateia © 2024 Todos os direitos reservados. Expediente: Nardel Azuoz - Jornalista e Editor Chefe . E-mail: redacao@redebcn.com.br - Tel. 11 2825-4686 WHATSAPP Política de Privacidade