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Os sintomas das doenças que acometem a cantora Lady Gaga

Ela veio! Lady Gaga já desembarcou no Rio de Janeiro para um show gratuito no próximo sábado, 3, na praia de Copacabana.
Aclamada mundialmente, a cantora também se tornou símbolo de coragem ao falar abertamente sobre duas condições crônicas que impactam sua saúde: o lúpus e a fibromialgia.
Ambas afetam milhões de pessoas no mundo todo, mas ainda geram dúvidas e diagnósticos tardios.
O que é o lúpus, doença autoimune que Lady Gaga revelou ter?
Lady Gaga revelou seu diagnóstico de lúpus em 2010. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o próprio sistema de defesa do corpo passa a atacar células saudáveis.
O lúpus pode atingir diversos órgãos e sistemas, como pele, articulações, rins, pulmões e até o cérebro.
Os sintomas variam muito de pessoa para pessoa, o que torna o diagnóstico um desafio. Eles também podem ser moderados ou graves, temporários ou permanentes.
Entre os sinais mais comuns estão:
- Vermelhidão na pele, especialmente em áreas expostas ao sol;
- Inchaços em articulações;
- Cansaço excessivo;
- Dor ao respirar, falta de ar;
- Urina espumosa (quando os rins são afetados);
- Confusão mental e convulsões (em casos mais graves, com comprometimento neurológico);
- Febre;
- Lesões na pele que surgem ou pioram quando expostas ao sol;
- Queda de cabelo;
- Desconforto geral, ansiedade, mal-estar.
Outros sintomas do lúpus, mais específicos, dependem de qual é a parte do corpo afetada:
- Cérebro e sistema nervoso: cefaleia, dormência, formigamento, convulsões, problemas de visão, alterações de personalidade, psicose lúpica.
- Trato digestivo: dor abdominal, náuseas e vômito.
- Coração: ritmo cardíaco anormal (arritmia).
- Pulmão: tosse com sangue e dificuldade para respirar.
- Pele: coloração irregular da pele, dedos que mudam de cor com o frio (fenômeno de Raynaud).
Apesar de Lady Gaga ter dito, na época do diagnóstico, que não apresentava sintomas evidentes, essa é uma característica da doença.
Ela pode permanecer “silenciosa” por anos, sendo descoberta apenas por exames e análises específicas. Fatores genéticos, estresse, poluição e até o cigarro podem desencadear crises em pessoas predispostas.
Embora não tenha cura, o lúpus tem tratamento. Com acompanhamento médico e uso de medicamentos apropriados, muitos pacientes conseguem manter a doença sob controle e levar uma vida normal, com algumas restrições — como evitar exposição solar excessiva.
E a fibromialgia?
Foi por conta da fibromialgia que Lady Gaga cancelou uma apresentação no Brasil em 2017. Diferente do lúpus, essa condição não causa inflamação nos órgãos, mas altera a forma como o corpo percebe a dor.
Na prática, é como se o sistema de alerta do organismo funcionasse de forma exagerada. A pessoa sente dores intensas mesmo sem uma lesão aparente, porque há uma alteração no funcionamento do sistema nervoso central, que passa a processar os estímulos dolorosos de forma amplificada.
É como se o corpo estivesse em estado de alerta constante, interpretando sinais normais como dor. Essas dores podem migrar de lugar, ter sensação de queimação ou inchaço, e vêm acompanhadas de outros sintomas.
Fatores como estresse, traumas físicos ou emocionais, infecções e predisposição genética podem desencadear ou agravar o quadro.
Sintomas da doença
- Fadiga constante;
- Tontura e oscilação da pressão arterial;
- Problemas intestinais;
- Formigamentos;
- Alterações de humor;
- Insônia e ansiedade;
- Dor generalizada;
- Alterações do sono.
A fibromialgia não tem cura, mas é possível controlar os sintomas com acompanhamento médico.
Além de medicamentos, o tratamento inclui mudanças no estilo de vida: sono de qualidade, exercícios leves e terapias para saúde mental.
A convivência com duas doenças crônicas
Ter lúpus e fibromialgia ao mesmo tempo não é comum, mas pode acontecer — como no caso de Lady Gaga. Quando isso ocorre, os sintomas se sobrepõem e podem agravar o sofrimento.
A dor causada pelo lúpus, por exemplo, pode se intensificar devido à hipersensibilidade provocada pela fibromialgia.
É fundamental que os dois diagnósticos estejam bem definidos, pois cada um exige tratamentos distintos. A abordagem multidisciplinar é essencial para garantir a qualidade de vida do paciente.