Celebridade
‘Devo tudo ao meu sangue’

Em entrevista à Revista CARAS, o ator Romaní, o incorruptível policial Gabriel de Beleza Fatal, também fala sobre ser sexy symbol e confessa inseguranças
Um dos grandes destaques de Beleza Fatal, o ator, cantor e empresário Romaní (30) fala sobre suas raízes, em entrevista à Revista CARAS. O intérprete do incorruptível policial Gabriel na trama da Max tem origens cigana (da mãe) e libanesa (do pai) e fala, com orgulho, do quanto o sangue influenciou em sua vida e carreira.
“A minha vida toda foi sempre influenciada por essas mudanças de lugar, pelo comércio, pela arte. Passei os primeiros anos da vida morando na carroceria de um caminhão com meus pais. Moramos em dez estados, cada hora estávamos em um lugar diferente. Isso me ajudou muito a refletir sobre minha brasilidade. Devo tudo ao meu sangue: a veia de artista e de empresário”, destaca o artista, que hoje é radicado em Los Angeles, nos Estados Unidos, ao lado da esposa, a chef de cozinha Isadora Rambalt (26).
O povo cigano sempre enfrentou muita perseguição. No atual cenário político do mundo, Romaní reflete sobre intolerância e do preconceito. “Eu, como homem não branco vivendo nos Estados Unidos, sei bem da intolerância racial que acontece por lá. Só de ser latino e não ser americano já é algo difícil. Os Estados Unidos são um lugar que tem muito espaço para a liberdade de expressão e isso abre espaço para o discurso de ódio. A maior parte dos meus amigos são pretos e latinos. A gente percebe o quanto o povo marginalizado e minoritário acaba se unindo”, fala.
“Se a gente não se unir e não tiver claro que queremos mudar o mundo por meio da arte e do amor, não conseguiremos mudar isso. Uma das coisas que me ajudaram muito foi ser condecorado diplomata humanitário civil. Hoje, estou na direção de expansão de negócios em Los Angeles. Foi uma grande honra receber esse título. Tenho uma empresa de concierge de luxo, ajudo em viagens, logística e posso direcionar parte do lucro dessa empresa para projetos sociais pelo mundo, movimentar esse dinheiro para um lugar correto. Isso é um reflexo do que vivi com a minha família. Já passamos por momentos difíceis e pudemos contar com a ajuda das pessoas. Só quem veio de baixo sabe como isso é importante”, continua o ator.
Romaní ganhou fama de símbolo sexual com seu papel em Beleza Fatal. Ele revela como lida com o assédio nas redes sociais. “Passam do ponto sempre! Quando mandam nudes, eu perco até a vontade de responder. As pessoas esquecem que existe uma pessoa ali por trás, não é só o sex symbol. A gente percebe que mandar nude para uma mulher é um absurdo, mas por que para homem não pode ser também? São seguidores que querem atenção de toda forma. Nem mesmo solteiro eu daria atenção para pessoas assim”, afirma.
O ator ainda define sua relação com a autoestima. “Comecei a me sentir mais bonito quando deixei meu cabelo crescer. Nunca aceitei meu cabelo cacheado, eu raspava ou alisava. Quando aceitei o meu cabelo, acho que isso abriu portas para mim. Fui me vendo mais como galã, entendendo mais sobre atuação. Isso foi ajudando essa autoestima. Sei do meu valor, me cuido na academia, mas a autoestima nunca foi muito meu ponto forte”, confessa.
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