‘Muita piada interna, acidez e escrotidão’

Se você visse a socialite Narcisa Tamborindeguy fazendo mímica, uma tatuagem inusitada do rosto do João Vicente de Castro e até mesmo Gregório Duvivier tirando a roupa, conseguiria prender o riso? Bom, você pode testar o seu autocontrole com LOL: Se Rir, Já Era!, reality show de comédia apresentado por Tom Cavalcante, que chega ao Prime Video em uma edição especial do Porta dos Fundos a partir desta sexta-feira (18).

A atração reúne um grupo de humoristas em uma disputa em que o riso é o maior inimigo e também a arma secreta contra os adversários. O último a resistir às piadas e esquetes de humor, durante as seis horas de programa, leva o prêmio de R$ 350 mil para doar para uma instituição beneficente de sua escolha.

Na nova temporada, os concorrentes são, além de Gregório Duvivier e João Vicente de Castro, Antônio Tabet, Evelyn Castro, Fábio de Luca, Fábio Porchat, Luciana Paes, Luellem de Castro, Macla Tenório e Pedro Ottoni, do humorístico Porta dos Fundos, e a parceria de longa data entre os dez comediantes será a carta na manga para desestabilizar os concorrentes.

Em coletiva de imprensa, que contou com a participação de CineBuzz, parceiro de Rolling Stone Brasil, Fábio Porchat revelou que a amizade ajudou a pensar em táticas para fazer os colegas rirem, mas tornou ainda mais difícil a missão de segurar o riso:

“O [Antonio] Tabet sabe como me derrubar de forma precisa, como um tiro na testa”, disse. “É desesperador mas, ao mesmo tempo, acho que tinha um combinado de cavalheiros, todo mundo se olhando [e pensando]: ‘Ó, se a gente quiser, a gente termina isso em um minuto e meio. Então, vamos todo mundo se respeitar”.

Luciana Paes acredita que, “por estar às margens do Porta“, acabou se beneficiando por não entender algumas piadas internas dos amigos. “Acho que eu me saí bem nessa de não entender nada”, brincou. Para Macla Tenorio, estar cercada de colegas do trabalho tornou a competição ainda mais acirrada. “Tem uma coisa legal de estar com pessoas que você tem um pouco mais de intimidade, mas também torna tudo mais competitivo”, pontuou.

Duvivier revelou que se tornou um grande fã do reality show e assistiu às edições de diferentes países, como Itália, Canadá e Austrália. De acordo com o ator, a atração o lembrou da sensação de pisar no palco pela primeira vez.

“Parte da graça está no estado que os comediantes ficam, que é um estado de nervoso que lembra meio que a estreia no palco. A gente, às vezes, com a vida, vai deixando de ficar nervoso ou ficando menos nervoso”, afirmou.

E, no LOL, eu tive aquele nervoso da primeira vez que subi no palco. Porque é um nervoso de ‘eu não posso rir, não posso esquecer o texto, não posso errar’… E esse nervoso é muito engraçado. Não é que as pessoas ficam tensas e é escroto. É uma tensão muito gostosa para o espectador ver o comediante que ele está acostumado a assistir em casa com c* na mão”, completou o artista.

As armadilhas do riso

Ao longo das seis horas de competição, os humoristas realizam apresentações para tentar desestabilizar os amigos e eliminá-los do jogo. Para isso, eles contaram com uma equipe dedicada do streaming e um time de roteiristas para ajudar a montar estratégias hilárias e evitar ideias parecidas.

Porchat escolheu um método que já havia funcionado fora do reality show e que viralizou nas redes sociais: convidou Narcisa para participar da atração. “Tinha visto que é enlouquecedor, um negócio magnífico”, explicou.

“Eu vou explodir e levar uma meia dúzia comigo. Essa foi a minha tática, porque eu tinha certeza de que alguém ia rir da Narcisa, porque ela fazendo mímica é uma coisa muito específica. Fiquei muito feliz com o resultado”, celebrou.

Segundo Duvivier, o LOL“é um lugar para se realizar sonhos” e muitas de suas ideias mais improváveis receberam o apoio da equipe. “É até um perigo. Qualquer coisa que você falava, tipo assim: ‘eu pensei em uma dança escocesa’. No dia seguinte, tinha mandado costurar um quilt de flanela. Não estou acostumado a fazer produção com dinheiro, sabe?”, brincou. “Você verá coisas que, na verdade, a gente falou meio brincando, sabe? ‘E se eu tirasse a roupa?’. [E a resposta:] ‘O jurídico topou, tá?'”.

Para Pedro Ottoni, “o maior desafio desses números, além de criá-los, é fazê-los com carisma e sem poder rir”, já que a risada é amiga do carisma. “Você tem que se conter na alegria de estar fazendo”.

Estratégias para segurar a risada

Os comediantes escolheram diferentes técnicas para evitar cair na risada: valia fazer careta, tapinhas no rosto e até encarnar um personagem para segurar a gargalhada. “Eu sou míope astigmático, então eu tirava os óculos para não ver detalhes. Eu tinha que ficar olhando [as apresentações] pelas regras e tudo certo. Só que aí eu comecei a tirar os óculos para poder me concentrar melhor. Mas o problema é que tirar os óculos não fechava meus ouvidos”, revelou Antonio Tabet.

“Tenho uma personagem que faço há alguns anos que é uma personagem num programa de comédia que ela é a única que não ri”, entregou Luellem de Castro. “Eu agarrei nessa personagem e entrei num mood de que nada era muito engraçado, me contorcendo por dentro porque é realmente muito divertido”.

Segundo Ottoni, o público pode esperar “muita piada interna, acidez, crítica social, escrotidão e risada sincera” dos novos episódios, que chegam semanalmente ao Prime Video. Assista ao trailer:

LEIA A MATÉRIA ORIGINAL EM:Comediantes do Porta dos Fundos se enfrentam na 4ª temporada de LOL: Se Rir, Já Era!: ‘Muita piada interna, acidez e escrotidão’

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