Celebridade
Especialista explica como solidão pode afetar Regina Volpato: ‘Não precisa’

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicanalista Fabiana Guntovitch analisa a fala da apresentadora Regina Volpato sobre estar ‘velha e sozinha’
A apresentadora Regina Volpato (57) se tornou assunto recentemente ao compartilhar um vídeo para falar sobre ser “velha e sozinha“. A conversa, que gerou repercussão, joga luz sobre uma discussão importante acerca da importância de cuidar da saúde mental nessa época da vida, especialmente para lidar com a solidão de maneira saudável.
Em entrevista à CARAS Brasil, a psicanalista Fabiana Guntovitch explica que o que dói não é apenas a solidão, mas sim, o significado que o paciente dá à ela. No caso de Regina Volpato, ela contou que, apesar de estar longe da filha que mora em outro país, sabe se cuidar e ocupa o dia com diversas atividades.
“Como seres sociáveis, precisamos de um sentimento de pertencimento e um contexto no qual haja a possibilidade de socialização para que possamos promover e preservar nossa saúde física e mental. A saúde social é essencial“, começa a especialista.
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Guntovitch diz que isso também se reflete na terceira idade. “Por outro lado, ao longo da vida, dentro da cultura ocidental, onde a individualidade é algo extremamente valorizado e os núcleos estão cada vez menores, não é de se espantar que na terceira idade as pessoas estejam cada vez mais sozinhas. Isso é o reflexo de uma construção social que gira em torno da utilidade e da vida profissional.”
“Uma vez que a pessoa está fora deste circuito e os filhos estão dedicados aos seus próprios núcleos, surge uma necessidade de ressignificação do próprio lugar no mundo, na sociedade. Ainda que a solidão na terceira idade seja uma realidade para muitas pessoas, ela não precisa significar sofrimento.”
A especialista explica que, nesta fase, a saúde mental pode ser fortalecida por meio de vínculos afetivos verdadeiros, pertencimento a grupos sociais, projetos que tenham propósito e, principalmente, pela reconexão com sua própria história.
“É fundamental resgatar a identidade pessoal para além dos papéis que foram ocupados – seja como mãe, profissional ou esposa, e reconhecer o valor de simplesmente ser. Ter escuta, espaço para falar sobre sentimentos e a possibilidade de fazer novas escolhas ajuda a transformar a solidão em solitude: um tempo de qualidade consigo mesma.”
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