Música
Em musical pra família, Meninas Malvadas tenta evitar novas Reginas Georges

Um dos maiores sucessos do início dos anos 2000, Meninas Malvadas deixou uma sequela nas gerações seguintes: a Síndrome de Regina George. Enquanto tentava passar uma mensagem de que, na verdade, não é legal ser uma babaca narcisista, que se considerava superior e usava disso para humilhar os seus colegas de escola, incluindo as amigas mais próximas, o tiro saiu pela culatra e a personagem acabou se tornando ‘A’ it girl, referência para tantas outras garotas (e garotos também, por que não?).
A situação piorou (e muito!) com a popularização das redes sociais, que ampliaram as vozes dessas pessoas, e a imersão das gerações mais recentes em aplicativos como o TikTok, por exemplo — e esse é justamente um dos pontos atacados por Meninas Malvadas: O Musical, em cartaz em São Paulo até junho.
Na história, Cady Heron, uma garota criada na selva africana por pais zoólogos, se muda para os Estados Unidos e agora precisa se adaptar a outro tipo de selvageria ao entrar no ensino médio e ser confrontada pelas Poderosas, um time de garotas populares liderados pela queen beeRegina George.
Uma versão brasileira do sucesso da Broadway, lançado em 2017, Meninas Malvadas: O Musical reconta a história original, criada por Tina Fey, mas com músicas de Jeff Richmond e Nell Benjamin, adaptadas por Victor Mühlethaler, responsável pelas versões nacionais de outros grandes sucessos do teatro musical, como Wicked e Uma Babá Quase Perfeita: O Musical, ambos também em cartaz na cidade atualmente.
A novidade é fiel ao longa de 2004, mas se adapta para conversar com as novas gerações, com canções divertidas e coreografias animadas, além de um elenco bastante jovem, mas talentoso, que carrega as mais de duas horas de espetáculo como se tudo aquilo fosse uma grande festa.
De forma bastante didática, Meninas Malvadas: O Musical passa uma mensagem empoderadora para o seu público — tão jovem quanto o elenco —, que ressalta o comportamento tóxico de Regina George, fugindo da glamourização da personagem. A produção ainda expande a conversa para o espaço virtual, tocando, brevemente, em temas como cultura do cancelamento, body shaming e pornô de vingança.
A produção se torna ainda mais especial ao notar que, na plateia, crianças, adolescentes e jovens são acompanhados por seus pais, mães e até avós, que assistem atentamente ao musical, o que pode ajudar a fomentar importantes discussões e moldar melhores seres humanos, longe de serem novas Reginas Georges. De cara nova, Meninas Malvadas: O Musical é um programão para a família toda.
LEIA TAMBÉM:Onde assistir a Meninas Malvadas: O Musical, nova versão da comédia de 2004?
Qual foi o melhor filme de 2025 até agora? Vote no seu favorito!
- Baby
- Babygirl
- MMA – Meu Melhor Amigo
- Anora
- Conclave
- Acompanhante Perfeita
- Capitão América: Admirável Mundo Novo
- Flow
- O Brutalista
- Um Completo Desconhecido
- Mickey 17
- Vitória
- O Melhor Amigo
- Maré Alta
- Branca de Neve
- Oeste Outra Vez
- Um Filme Minecraft
- Presença
- G20
- Pecadores