Connect with us

Celebridade

Médica comenta doença incurável que afeta celebridades como Michael J. Fox: ‘Impacto’

Published

on

Médica comenta doença incurável que afeta celebridades como Michael J. Fox: ‘Impacto’

Em entrevista à CARAS Brasil, a médica clínica geral Manoela Souza explica a condição que afeta celebridades como Michael J. Fox, Renata Capucci e Ozzy Osbourne

Na semana em que é celebrado o Dia Mundial do Parkinson (11 de abril), a CARAS Brasil conversou com a médica clínica geral Manoela Souza para falar sobre a doença. Celebridades como Michael J. Fox (63), Renata Capucci (51) e Ozzy Osbourne (76) aumentam a conscientização sobre a patologia ao compartilharem suas histórias e lutas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com Parkinson, o que representa cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos. No Brasil, estima-se que 200 mil indivíduos convivam com a doença.

Manoela explica que a Doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa crônica que afeta principalmente o sistema motor. Ela resulta da morte de células nervosas em uma parte do cérebro chamada substância negra, que produz dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle dos movimentos.

“Embora os sintomas motores, como tremores e rigidez, sejam os mais conhecidos, a Doença de Parkinson também apresenta uma série de sintomas não motores. Esses podem incluir problemas de sono, depressão, ansiedade, constipação, e dificuldades cognitivas. A incerteza sobre a progressão da doença pode aumentar o estresse e o isolamento social. Portanto, é crucial que os pacientes recebam suporte não apenas médico, mas também psicológico e multiprofissional”, informa a médica.

Para Manoela Souza, reconhecer os sinais iniciais é vital para melhores resultados com tratamento precoce e melhoria na qualidade de vida dos portadores da doença. “O tratamento precoce da DP é essencial para retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. Iniciar a terapia medicamentosa em estágios iniciais pode maximizar a eficácia dos tratamentos disponíveis, permitindo que os pacientes mantenham sua independência por mais tempo”, pontua.

“Além disso, intervenções como fisioterapia e terapia ocupacional podem ser mais eficazes quando aplicadas precocemente”, completa a médica, acrescentando que a manutenção da massa muscular é crucial para pacientes com DP, pois a fraqueza muscular pode exacerbar a rigidez e a perda funcional.

As causas exatas do Mal de Parkinson ainda não são completamente compreendidas, ressalta Manoela. “Acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e estilo de vida contribua para o desenvolvimento da doença. Exposições a toxinas, como pesticidas, e lesões traumáticas na cabeça são algumas das condições associadas ao risco aumentado. Além disso, o envelhecimento é um fator de risco significativo”, salienta.

A maioria das pessoas diagnosticadas com Mal de Parkinson é acima de 60 anos, diz Manoela. “No entanto, a doença pode ocorrer em pessoas mais jovens, na chamada forma de início precoce. Homens são mais propensos a desenvolver Parkinson do que mulheres. Além disso, indivíduos com histórico familiar da doença podem ter um risco maior. A Doença de Parkinson tem um impacto significativo na vida profissional e na qualidade de vida das pessoas”, alerta.

Manoela Souza afirma que a doença tem fator genético. “Porque há um componente genético associado ao Mal de Parkinson, embora a maioria dos casos seja esporádica e não hereditária. Certa porcentagem de pacientes possui mutações genéticas específicas que aumentam o risco de desenvolvimento da doença. No entanto, a presença de um histórico familiar não significa necessariamente que a pessoa desenvolverá a doença”, fala.

Segundo a médica, embora não haja uma maneira garantida de prevenir o Mal de Parkinson, certos fatores de estilo de vida podem ajudar a retardar o aparecimento dos sintomas e a progressão da doença.

“Estudos sugerem que a prática regular de exercícios físicos, uma dieta equilibrada rica em antioxidantes (como frutas e vegetais), e a manutenção de um peso saudável podem desempenhar um papel protetor. Além disso, a atividade mental, como a aprendizagem de novas habilidades ou o envolvimento em atividades sociais, também pode ser benéfica”, finaliza.

MICHAEL J.FOX

Mundialmente conhecido pelo papel de Marty McFly na trilogia De Volta para o Futuro (1985–1990), Michael J. Fox se tornou um dos ativistas mais famosos na busca pela cura do Parkinson.

Em 1991, aos 29 anos, o ator canadense-americano foi diagnosticado com a doença, mas não compartilhou publicamente a notícia até 1998, quando fundou a Michael J. Fox Foundation for Parkinson’s Research.

Por décadas, Michael continuou atuando, mas, em 2020, a estrela se aposentou da atuação. “Cheguei ao ponto em que não conseguia mais confiar na minha capacidade de falar em um determinado dia, o que significava que não conseguia mais atuar confortavelmente. Então, no ano passado, desisti”, declarou à AARP The Magazine, em 2021.

Em 2023, em uma entrevista ao CBS Sunday Morning, durante o lançamento do documentário Still: A Michael J. Fox Movie , na Apple TV+, a ator confessou: “Não vou mentir, está ficando mais difícil. Cada dia fica mais difícil”.

No ano anterior, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas concedeu a Michael J. Fox o PrêmioHumanitário Jean Hersholt – um oscar honorário por seu trabalho incansável em prol daqueles com a doença.

RENATA CAPUCCI

Em 2022, aos 49 anos, a jornalista Renata Capucci revelou que havia sido diagnosticada com a doença de Parkinson. Em um episódio do podcast Isso é Fantástico, ela compartilhou os sintomas que levaram ao diagnóstico. “Fui diagnosticada com doença de Parkinson em outubro de 2018, quando tinha 45 anos”, afirmou.

A comunicadora relembrou que começou a mancar enquanto participava do reality Popstar e, inicialmente, não percebeu. Mesmo com fisioterapia e osteopatia, o sintoma não melhorou. O alerta veio quando, um dia, seu braço subiu sozinho.

OZZY OSBOURNE

O astro do rock Ozzy Osbourne anunciou publicamente, em 2020, que sofria de Parkinson. O músico revelou que havia sido diagnosticado com o distúrbio em 2003, mas manteve a condição em segredo de seus fãs por anos.

Embora tenha interrompido as turnês devido a uma série de problemas médicos, Ozzy continuou a se apresentar e a compor. “Não estou morrendo de Parkinson”, falou a estrela, em entrevista ao The Los Angeles Times.

Leia também:Médico explica diagnóstico de Maria Flor, filha de Virginia: ‘Difícil deixar sequelas’

Continue Reading
Advertisement
Clique para comentar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Revista Plateia © 2024 Todos os direitos reservados. Expediente: Nardel Azuoz - Jornalista e Editor Chefe . E-mail: redacao@redebcn.com.br - Tel. 11 2825-4686 WHATSAPP Política de Privacidade