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O exercício de baixo impacto que pode reduzir os sintomas de Parkinson

Um estudo publicado no BMJ Journal of Neurology Neurosurgery and Psychiatry revelou que a prática do Tai Chi pode retardar a progressão da doença de Parkinson. A pesquisa mostrou que pacientes que praticaram a arte marcial chinesa duas vezes por semana apresentaram melhora nos sintomas e necessitaram de doses menores de medicação ao longo do tempo.
Tai Chi e o impacto na progressão do Parkinson
A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que afeta o cérebro progressivamente, causando sintomas como tremores, lentidão nos movimentos e rigidez muscular. Atualmente, não há cura para a enfermidade, e os tratamentos existentes focam no alívio dos sintomas.
Para avaliar a eficácia do Tai Chi a longo prazo, pesquisadores chineses monitoraram 334 pacientes com Parkinson entre janeiro de 2016 e junho de 2021. Destes, 147 praticaram Tai Chi regularmente, enquanto os outros 187 seguiram apenas o tratamento convencional.
Os resultados mostraram que o grupo que praticou Tai Chi apresentou uma progressão mais lenta da doença em comparação ao grupo de controle. Além disso, menos pacientes desse grupo precisaram aumentar suas doses de medicação ao longo do tempo. Em 2019, 83,5% dos pacientes do grupo controle necessitaram de mais remédios, contra apenas 71% no grupo do Tai Chi. Em 2020, essa diferença aumentou para 96% e 87,5%, respectivamente.
Benefícios além do movimento
Além da melhora na mobilidade e equilíbrio, os praticantes de Tai Chi também apresentaram um declínio mais lento na função cognitiva e melhorias na qualidade do sono e no humor. Complicações como alucinações e síndrome das pernas inquietas foram significativamente menores no grupo que praticava a atividade.
O estudo ainda apontou que quedas, tonturas e dores nas costas foram menos frequentes entre os praticantes de Tai Chi. Enquanto 23 fraturas ocorreram durante a rotina diária dos participantes, elas foram menos comuns no grupo que praticava a arte marcial.