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Este é o caminho que pode reverter o Alzheimer

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Este é o caminho que pode reverter o Alzheimer


Cientistas do Advanced Science Research Center da The City University of New York (CUNY ASRC) realizaram um estudo inovador que estabelece uma relação entre o estresse celular no cérebro e a progressão do Alzheimer. Publicada na revista científica Neuron, a pesquisa sugere que novos alvos terapêuticos podem ser desenvolvidos para retardar ou até mesmo reverter a doença.

Este é o caminho que pode reverter o Alzheimer
Este é o caminho que pode reverter o Alzheimer – iStock/sudok1

O papel da microglia na progressão do Alzheimer

A microglia, conhecida como a principal célula imunológica do cérebro, desempenha um papel central tanto na proteção quanto na deterioração neuronal. Essas células são a primeira linha de defesa do sistema nervoso central e respondem rapidamente a lesões ou infecções. Entretanto, na doença de Alzheimer, sua atuação pode se tornar prejudicial, acelerando a neurodegeneração.

A professora Pinar Ayata, pesquisadora principal do estudo, enfatiza que compreender as diferenças entre os tipos de microglia envolvidas na doença é essencial para desenvolver tratamentos eficazes. “Nos propusemos a identificar quais microglias são prejudiciais no Alzheimer e como podemos direcioná-las terapeuticamente”, afirma a especialista.

Imagem de microglia escura, um tipo de célula associada ao estresse celular e à neurodegeneração no Alzheimer.
Imagem de microglia escura, um tipo de célula associada ao estresse celular e à neurodegeneração no Alzheimer. – iStock/Rasi Bhadramani

A resposta ao estresse e sua influência na neurodegeneração

Os pesquisadores descobriram um novo fenótipo de microglia neurodegenerativa associado a uma via de sinalização relacionada ao estresse celular, conhecida como resposta integrada ao estresse. Quando ativada, essa via estimula a microglia a produzir lipídios tóxicos, que danificam tanto neurônios quanto células progenitoras de oligodendrócitos – componentes fundamentais para a função cerebral e severamente impactados pelo Alzheimer.

Impacto das microglias no cérebro de pacientes com Alzheimer

Utilizando técnicas avançadas de microscopia eletrônica, os cientistas identificaram um acúmulo significativo de um tipo específico de microglia, chamada “microglia escura”, em tecidos cerebrais post-mortem de pacientes com Alzheimer. Essas células estavam presentes em níveis duas vezes maiores do que os observados em pessoas sem a doença, reforçando a hipótese de que o estresse celular contribui diretamente para os efeitos neurotóxicos da microglia.

Representação da ação da microglia no cérebro, mostrando seu papel na resposta imune e na progressão da doença.
Representação da ação da microglia no cérebro, mostrando seu papel na resposta imune e na progressão da doença. – iStock/Makhbubakhon Ismatova

Perspectivas para novos tratamentos

Um dos achados mais promissores do estudo foi a descoberta de que o bloqueio da resposta ao estresse ou da via de síntese lipídica pode reverter os sintomas do Alzheimer em modelos pré-clínicos. Isso abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos que atuem especificamente sobre populações microgliais afetadas pelo estresse, potencialmente reduzindo a progressão da doença.

Os autores do estudo acreditam que direcionar terapeuticamente a microglia pode representar um avanço significativo na luta contra o Alzheimer. Se essas abordagens forem bem-sucedidas em estudos clínicos, elas podem oferecer uma nova esperança para pacientes e familiares afetados pela doença.



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