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Infartos em pessoas com menos de 40 anos aumentam nos últimos 5 anos

Segundo dados do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, o percentual de infartos registrados em pessoas abaixo de 40 anos aumentou no último quinquênio. Entre os anos de 2020 e 2024, os índices de infarto em pessoas nessa faixa etária aumentou de uma média de 3.9% para 4.9% em relação aos quinquênios de 2010 a 2014 e 2015 a 2019.
Contribuindo para a análise desses dados, o ano de 2020, marcado pelo início da COVID-19, foi o ano que representou o maior índice de infartos, sinalizando uma porcentagem de 7,05%. Os anos seguintes marcaram uma porcentagem na casa de 5%, exceto o ano de 2023, que registrou 3.75%.
O aumento destacado nesse período pode ser justificado por piora nos hábitos de vida, tabagismo, estresse, ou condições como hipertensão arterial e diabete. A infecção por COVID-19 também pode ser um fator contribuinte para o crescimento dos casos de infarto em pessoas jovens.
“Temos muito a discussão se teria sido por conta das vacinas, mas vemos que quando as vacinas começaram a ser distribuídas, percebemos que os números foram caindo. O principal aumento foi no ano de 2020, primeiro ano de pandemia” Explica o Dr. Alexandre Quadros, cardiologista intervencionista e membro da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.
Esse aumento se torna alarmante, pois poucas pessoas sabem como identificar os sintomas de um infarto. Dores no peito, falta de ar, dormência no braço esquerdo e sensação de desmaio estão entre os principais sintomas de um infarto.
A frequência de infarto agudo do miocárdio em pacientes com menos de 40 anos é pequena, mas esses indivíduos apresentam características clínicas e laboratoriais e evolução clínica precoce diferentes daqueles mais idosos. Os principais fatores associados a infartos em jovens são o tabagismo, histórico familiar e uso de cocaína.
Para evitar a insuficiência cardíaca, principalmente em pessoas jovens, as recomendações médicas são de que os hábitos prejudiciais sejam abandonados e práticas saudáveis, como atividades físicas e boa alimentação, sejam mantidas.
O Dr. Alexandre Quadros esclarece: “É importante ser mantido o controle do colesterol, da diabete e hipertensão. Além disso, álcool e cigarro devem ser deixados de lado, e exames preventivos devem ser feitos para detectar precocemente um infarto.”
Embora o número de casos de infartos em pessoas abaixo de 40 anos seja menor que os registrados em pessoas a partir dessa idade, o aumento desses episódios se torna preocupante. Muitas vezes, o infarto pode ser causado por doenças silenciosas, como as genéticas ou congênitas, dificultando sua detecção.
Normalmente, infartos em pessoas mais jovens são mais perigosos, por poderem ser mais graves e fatais. “Nessa fase da vida, as placas de gordura mais novas racham mais facilmente, o que pode obstruir as artérias. Os entupimentos são mais graves e súbitos, e de artérias maiores, algo que pode envolver partes maiores do coração, por isso o risco.” Esclarece o especialista.
Com esse aumento considerável dos casos, é determinado que as pessoas nessa fase da vida estão cada vez mais expostas aos fatores de risco.
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