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Fernanda Miranda impacta área de neurologia oncológica

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Fernanda Miranda impacta área de neurologia oncológica

A neurologista Fernanda Miranda dedica sua carreira a oferecer um cuidado humanizado e multidisciplinar. Especialista em neuro-oncologia, ela atua no atendimento a pacientes com doenças neurológicas complexas, como tumores cerebrais, epilepsia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em adultos, distúrbios do sono e doenças neurodegenerativas. Em sua trajetória, a médica destaca a importância de olhar para o paciente além do diagnóstico. “Tem uma pessoa por trás da doença que precisa ser acolhida. Nosso papel vai além do tratamento clínico, é preciso ouvir as angústias do paciente e de sua família”, afirma.

Antes de ingressar na medicina, Fernanda atuou como técnica em radiologia. Durante a graduação, em Petrópolis (RJ), conciliou os estudos com o trabalho, o que fortaleceu ainda mais sua dedicação à área. Desde os primeiros meses de faculdade, demonstrou interesse pela neurologia e participou ativamente de ligas acadêmicas, aprofundando seus conhecimentos. Após concluir a formação, passou na residência médica no Rio de Janeiro, onde teve o primeiro contato com pacientes oncológicos. A experiência despertou um interesse ainda maior pela neuro-oncologia, área na qual se especializou. “Muitos dos diagnósticos que recebemos são difíceis, mas meu objetivo é sempre oferecer acolhimento e garantir qualidade de vida ao paciente”, pontua.

Acolhimento além do diagnóstico
A rotina da especialista é marcada por desafios constantes, especialmente ao lidar com pacientes com câncer no sistema nervoso. A médica reforça que o impacto da doença não se restringe ao paciente, mas se estende para toda a família. “Muda todo o contexto. É preciso ajudar as pessoas a lidarem com as novas perspectivas e oferecer apoio emocional. Mas, para cuidar do outro, é preciso também cuidar de si”, destaca.

Fernanda relembra um caso emblemático que reforça a necessidade desse olhar humanizado. “Uma paciente me disse que não sabia mais o que gostava de fazer. Durante anos, priorizou o trabalho, a casa, a família e nunca pensou em si. Isso me fez refletir sobre como muitas pessoas acabam se deixando em segundo plano. Precisamos lembrar que autocuidado não é egoísmo, é essencial”, ressalta.

Essa abordagem também se aplica a outras condições neurológicas. A neurologista trabalha com doenças como Alzheimer e Parkinson e ressalta a importância da detecção precoce de sinais pouco conhecidos. “No Parkinson, por exemplo, muitos associam apenas o tremor, mas há outros sintomas, como alterações na fala, perda do olfato e dificuldades na expressão facial. Esses sinais costumam ser ignorados e retardam o diagnóstico”, explica.

Desafios do diagnóstico do TDAH em adultos
Outro tema que vem ganhando destaque na neurologia é o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) em adultos. Fernanda observa que muitos pacientes chegam ao consultório relatando dificuldades de concentração, inquietação e sensação de não se encaixar.

Antes, não havia tantos recursos para diagnosticar na infância, então muitos cresceram sem entender por qual motivo enfrentam dificuldades. Eles passam por diversos especialistas até obter um diagnóstico preciso”, relata. A médica também ressalta que há muita desinformação sobre o tema. “Muita gente acredita que o TDAH virou ‘moda’, mas isso não é verdade. Precisamos tratar o transtorno com seriedade”, alerta.

A neurologista também reforça a necessidade de desmistificar outros estigmas, como os relacionados à epilepsia. “Muitas pessoas ainda acham que a doença é contagiosa, o que não é verdade. Falta informação e precisamos trabalhar para mudar essa percepção”, enfatiza.

Sono e impacto da tecnologia na neurologia
Com a crescente digitalização da rotina, os distúrbios do sono têm se tornado uma queixa recorrente nos consultórios neurológicos. Fernanda explica que a privação de sono pode gerar impactos diretos na cognição e na saúde mental. “Se você dorme mal, no dia seguinte sua atenção estará prejudicada, sua memória ficará comprometida e você ficará mais irritado. A longo prazo, isso pode gerar problemas mais graves”, adverte.

O uso excessivo de telas é um fator que agrava esse cenário. “Hoje, temos tudo no celular e isso nos leva a um estado de acomodação mental. Não decoramos mais números de telefone, não memorizamos nomes de ruas porque temos o GPS. Além disso, consumimos muitas informações curtas e superficiais, o que reduz nosso estímulo cognitivo”, explica.

Segundo a especialista, a melhor estratégia é equilibrar o digital com atividades analógicas, como a leitura e o aprendizado contínuo. “Precisamos desafiar nosso cérebro com novas experiências e reduzir o tempo excessivo de exposição às telas”, recomenda.

Avanços tecnológicos e perspectivas para o futuro
A neurologia tem avançado significativamente com o uso de novas tecnologias, como a inteligência artificial para diagnósticos mais precisos e exames de imagem cada vez mais sofisticados. “A área de imagem está sempre evoluindo, mas acredito que os grandes avanços dos próximos anos estarão nos novos tratamentos. Estamos avançando na possibilidade de tratar algumas doenças antes mesmo dos primeiros sintomas aparecerem”, afirma.

Entre as inovações mais promissoras, Fernanda destaca as terapias monoclonais, utilizadas tanto na neuro-oncologia quanto em doenças como a esclerose múltipla. Esses tratamentos estão abrindo novas possibilidades para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Neurologia integrada e multidisciplinar
No dia a dia, Fernanda divide sua atuação entre consultórios na Barra da Tijuca e Botafogo, no Rio de Janeiro. O trabalho em equipe é essencial na neurologia, envolvendo diferentes especialistas para um cuidado mais completo. “Sempre trabalhamos de forma multidisciplinar. Contamos com psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas e, na neuro-oncologia, oncologistas clínicos e radioterapeutas. A equipe de enfermagem também é fundamental no acompanhamento dos pacientes”, explica.

Além disso, Fernanda faz parte da equipe clínica de visitadores da Oncoclínica e atua no Hospital Casa de Saúde São José, onde mantém seu compromisso com um atendimento humanizado e de excelência.

Para o futuro, a médica pretende continuar se aprofundando na neuro-oncologia e desenvolvendo novas formas de oferecer acolhimento aos pacientes. “É uma área que exige muito, mas que também nos ensina diariamente sobre empatia e resiliência. Quero continuar aprimorando esse trabalho”, afirma.

Sobre os cuidados essenciais para manter um cérebro saudável, a especialista reforça a importância do sono. “As pessoas acham que 24 horas é pouco e acabam reduzindo as horas de descanso, mas o sono deve ser uma prioridade. Dormir bem, manter-se hidratado, praticar atividade física e estimular a mente são as chaves para uma boa saúde neurológica”, conclui.

Instagram: @drafernandamiranda.neuro
Site: https://www.fernandamirandaneuro.com

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