2 indícios físicos de demência que podem surgir até 11 anos antes

A demência é frequentemente associada à perda de memória, confusão mental e alterações no comportamento. No entanto, estudos recentes indicam que sinais físicos podem surgir até 11 anos antes dos sintomas cognitivos. 

Atualmente, ao menos 1,76 milhão de pessoas têm alguma forma de demência no Brasil, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. 

Sinais físicos precoces de demência

Pesquisadores da Universidade Monash, em Melbourne, identificaram dois indicadores físicos que podem preceder os sintomas típicos da demência:

1. Perda rápida de peso: indivíduos que desenvolveram demência apresentaram uma redução acelerada no índice de massa corporal (IMC) e na circunferência da cintura até 11 anos antes do diagnóstico. A perda de peso pode resultar do declínio cognitivo, que leva à redução do apetite e à deterioração das habilidades culinárias. Além disso, a demência pode afetar áreas do cérebro responsáveis pela regulação da composição corporal. 

2. Aumento dos níveis de colesterol “bom” (HDL): cerca de cinco anos antes do diagnóstico, esses indivíduos exibiram níveis mais elevados de lipoproteína de alta densidade (HDL) em comparação com aqueles que não desenvolveram a doença. O aumento dos níveis de HDL ainda não é totalmente compreendido, mas pode estar relacionado a alterações metabólicas associadas à doença.

Isso após a equipe de cientistas analisar 1.078 pessoas com demência e 4.312 pessoas sem a doença. Um artigo sobre o estudo foi publicado no JAMA.

Como essas descobertas podem auxiliar na detecção precoce?

Identificar esses sinais físicos pode permitir intervenções antecipadas, oferecendo oportunidades para tratamentos antes do aparecimento dos sintomas cognitivos.

Monitorar mudanças no peso corporal e nos níveis de colesterol em adultos mais velhos pode ser uma estratégia eficaz para detectar precocemente o risco de demência.