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Este hábito alimentar pode ser sinal de um tipo de demência

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Este hábito alimentar pode ser sinal de um tipo de demência


A demência frontotemporal (DFT) é uma condição neurodegenerativa rara que compromete os lobos frontal e temporal do cérebro, afetando diretamente a personalidade, o comportamento e a linguagem. Diferente de outras formas de demência, como o Alzheimer, a DFT nem sempre se manifesta inicialmente com perda de memória. Em vez disso, os primeiros sinais podem envolver mudanças expressivas no comportamento, incluindo padrões alimentares incomuns.

Este hábito alimentar pode ser sinal de um tipo de demência
Este hábito alimentar pode ser sinal de um tipo de demência – iStock/ipopba

Alterações alimentares na demência frontotemporal

Pesquisas indicam que indivíduos com DFT podem apresentar alterações drásticas no comportamento alimentar, levando a padrões obsessivos e pouco convencionais. Um estudo da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA) identificou diversas manifestações desse fenômeno, incluindo:

  • Hiperfagia: aumento excessivo do apetite, resultando em consumo exagerado de alimentos sem controle;
  • Preferência extrema por um único tipo de alimento: algumas pessoas se recusam a ingerir qualquer outra coisa além de um único alimento. Um caso documentado descreve uma paciente que se alimentou exclusivamente de bananas e leite por meses;
  • Ingestão de itens não alimentares: pacientes podem acabar ingerindo objetos inadequados, confundindo-os com comida;
  • Roubo de comida: a pessoa pode pegar alimentos do prato de outros sem perceber que o comportamento é inadequado.
Pacientes com demência frontotemporal podem desenvolver comportamentos alimentares compulsivos e pouco usuais.
Pacientes com demência frontotemporal podem desenvolver comportamentos alimentares compulsivos e pouco usuais. – iStock/Naeblys

Possíveis causas das alterações alimentares

As causas exatas dessas mudanças ainda estão sendo estudadas, mas os cientistas acreditam que elas estão relacionadas a alterações neurológicas que impactam a regulação da fome e do comportamento alimentar. Entre os fatores possíveis, destacam-se:

  • Disfunção do sistema nervoso autônomo: alterações na percepção da fome e saciedade podem fazer com que o paciente não reconheça quando deve parar de comer;
  • Danos ao hipotálamo: essa região do cérebro é essencial para o controle da alimentação, e sua disfunção pode levar à compulsão alimentar;

Deficiências cognitivas e sensoriais: a dificuldade em reconhecer objetos pode levar à ingestão de itens não comestíveis.

Importância do diagnóstico precoce

A identificação desses padrões alimentares incomuns pode ser essencial para um diagnóstico antecipado da DFT. Familiares e profissionais da saúde devem estar atentos a mudanças repentinas no comportamento alimentar, pois elas podem ser um alerta para doenças neurológicas graves.

A supervisão durante as refeições pode ajudar a evitar riscos associados às alterações alimentares na DFT.
A supervisão durante as refeições pode ajudar a evitar riscos associados às alterações alimentares na DFT. – iStock/Makhbubakhon Ismatova

Estratégias para melhorar a qualidade de vida

Atualmente, não há cura para a DFT, mas algumas abordagens podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O acompanhamento multidisciplinar, com neurologistas, nutricionistas e terapeutas ocupacionais, pode auxiliar no manejo desses comportamentos alimentares. Estratégias como monitoramento das refeições, adaptação da dieta e supervisão durante a alimentação podem minimizar riscos e proporcionar maior segurança.

Se você ou alguém próximo está apresentando alterações alimentares extremas e comportamento fora do padrão, é fundamental buscar orientação médica para uma avaliação detalhada.

Prevenção da demência: hábitos que podem reduzir o risco

Embora a demência frontotemporal não tenha cura, a adoção de hábitos saudáveis pode ajudar a prevenir outras formas da doença. Segundo a matéria da Catraca Livre, quase metade dos casos de demência poderia ser evitada com mudanças no estilo de vida, como atividade física, alimentação equilibrada e sono adequado. Investir nesses cuidados pode preservar a saúde cerebral a longo prazo. Saiba mais aqui!



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