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Esta é a ligação entre fungo e Alzheimer, segundo estudo dos EUA

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Esta é a ligação entre fungo e Alzheimer, segundo estudo dos EUA


Um estudo recente, publicado na revista Cell Reports, revelou uma possível conexão entre o fungo Candida albicans e a doença de Alzheimer. Realizada por cientistas do Baylor College of Medicine, nos Estados Unidos, a pesquisa apresentou novas descobertas sobre como esse fungo comum pode entrar no cérebro e desencadear processos que favorecem a produção de proteínas tóxicas, um dos principais fatores associados ao desenvolvimento do Alzheimer. 

Esta é a ligação entre fungo e Alzheimer, segundo estudo dos EUA
Esta é a ligação entre fungo e Alzheimer, segundo estudo dos EUA – iStock/sudok1

Como o fungo atravessa a barreira hematoencefálica

O principal achado do estudo é a descoberta de como o Candida albicans consegue atravessar a barreira hematoencefálica, uma barreira natural que protege o cérebro contra substâncias nocivas. Para isso, o fungo utiliza enzimas chamadas proteases aspárticas secretadas (Saps). Essas enzimas quebram a barreira protetora, permitindo que o fungo se infiltre no cérebro. O impacto dessa infiltração é significativo, já que a presença do C. albicans no cérebro pode gerar inflamações e processos que são prejudiciais ao tecido cerebral.

Produção de proteínas tóxicas: a conexão com o Alzheimer

Ao se infiltrar no cérebro, o Candida albicans desencadeia a produção de fragmentos de proteínas conhecidas como peptídeos. Essas proteínas são similares ao beta amilóide, um componente central na formação das placas características da doença de Alzheimer. O beta amilóide é uma proteína mal dobrada que se acumula no cérebro de pacientes com Alzheimer, causando danos nas células nervosas e contribuindo para o declínio cognitivo.

Os peptídeos gerados pelo C. albicans podem desencadear reações inflamatórias no cérebro, promovendo um ambiente propenso ao desenvolvimento das placas amiloides. Essa descoberta sugere que o fungo poderia, de alguma forma, contribuir para o processo de neurodegeneração associado ao Alzheimer, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar essa hipótese.

Imagem ilustrativa do Candida albicans – O fungo pode atravessar a barreira hematoencefálica e influenciar o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Imagem ilustrativa do Candida albicans – O fungo pode atravessar a barreira hematoencefálica e influenciar o desenvolvimento da doença de Alzheimer. – iStock/Rasi Bhadramani

Possibilidade de novas estratégias terapêuticas

Embora a conexão entre o Candida albicans e o Alzheimer ainda não seja totalmente comprovada, os pesquisadores acreditam que essa descoberta pode levar ao desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Se for confirmada a relação entre o fungo e o desenvolvimento da doença, intervenções direcionadas ao controle do fungo ou à prevenção de sua infiltração no cérebro poderiam ser uma forma inovadora de prevenir ou retardar o avanço do Alzheimer.

Segundo o Dr. David B. Corry, professor de medicina no Baylor College of Medicine e principal autor do estudo, o laboratório já possui anos de experiência no estudo de fungos, o que os levou a explorar a ligação entre o C. albicans e a doença neurodegenerativa. Ele destaca que mais estudos são necessários para avaliar o impacto real do fungo na progressão do Alzheimer, mas que os resultados iniciais oferecem uma nova perspectiva sobre a doença.

Pesquisadores do Baylor College of Medicine identificam como o Candida albicans pode gerar proteínas semelhantes ao beta amilóide no cérebro, um fator chave do Alzheimer.
Pesquisadores do Baylor College of Medicine identificam como o Candida albicans pode gerar proteínas semelhantes ao beta amilóide no cérebro, um fator chave do Alzheimer. – iStock/Nadzeya Haroshka

Caminhos futuros

Apesar de ser prematuro afirmar que o Candida albicans é um fator causador direto do Alzheimer, as novas descobertas podem ter um grande impacto na forma como entendemos a doença. A pesquisa sugere que fatores microbianos, como infecções fúngicas, podem desempenhar um papel no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. O estudo abre caminho para futuras investigações que poderiam mudar as abordagens terapêuticas e de prevenção do Alzheimer.

Alzheimer: sinal precoce surge antes dos 40 anos

De acordo com um estudo publicado pela Catraca Livre, mudanças no comportamento e na memória podem ser sinais de Alzheimer surgindo bem antes dos 40 anos. A pesquisa revela que alterações cognitivas e outros sintomas podem aparecer décadas antes do diagnóstico formal. Essa descoberta reforça a importância da detecção precoce. Veja mais aqui!



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