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Estudo indica medicamentos que podem melhorar a vida de pacientes com Alzheimer

A busca por tratamentos eficazes contra o Alzheimer tem avançado, e novos medicamentos, como lecanemab e donanemab, oferecem esperança para pacientes e familiares. Mas até que ponto esses tratamentos realmente fazem diferença na vida cotidiana? Um estudo da Universidade de Washington analisou essa questão sob um novo ângulo: a capacidade dos pacientes de manter sua independência por mais tempo.
Detalhes do estudo
Os pesquisadores recrutaram 282 participantes que atendiam a critérios semelhantes aos de ensaios clínicos recentes para anticorpos antiamiloides. Todos os participantes tinham 60 anos ou mais, foram diagnosticados com demência de Alzheimer muito leve (67% dos participantes) ou leve (33%) e tiveram confirmação de biomarcador de patologia amiloide por meio de análise do líquido cefalorraquidiano ou imagem PET.
Os participantes foram acompanhados por uma média de 2,9 anos, com pesquisadores avaliando regularmente suas habilidades cognitivas e funcionais. As avaliações incluíram a escala Clinical Dementia Rating (CDR), que avalia seis domínios de desempenho cognitivo e funcional, e o Functional Activities Questionnaire (FAQ), que mede a capacidade de realizar atividades diárias.
A equipe de pesquisa desenvolveu modelos estatísticos para examinar como as pontuações CDR-SB se relacionavam com a independência em atividades diárias ao longo do tempo e, em seguida, estimou como os tratamentos que retardam a progressão da CDR-SB afetariam o tempo até a perda de independência nessas atividades.
Os pesquisadores avaliaram a capacidade dos pacientes de realizar atividades essenciais, como dirigir, administrar finanças e cuidar da própria higiene
Medicamentos que atrasam o declínio cognitivo
O estudo revelou que:
- Lecanemab pode prolongar a independência por até 10 meses
- Donanemab pode estender a autonomia em até 13 meses
- Pacientes tratados nos estágios iniciais vivem de forma independente por mais tempo
Vale a pena o tratamento?
Embora os medicamentos não interrompam a progressão do Alzheimer, eles retardam o declínio e podem proporcionar mais tempo de qualidade aos pacientes. No entanto, o tratamento exige infusões frequentes e envolve riscos, tornando essencial que cada paciente avalie os benefícios conforme suas prioridades pessoais.