Moda
Morre David Lynch, ícone do cinema e criador de "Twin Peaks", aos 78 anos

O cineasta, responsável por clássicos como “Veludo Azul” e “O Homem Elefante”, faleceu após complicações devido ao enfisema; família lamentou a perda e pediu privacidade Morreu aos 78 anos David Lynch, cineasta quatro vezes indicado ao Oscar e criador de filmes icônicos como Veludo Azul e O Homem Elefante e da série Twin Peaks. A notícia foi confirmada por sua família, que compartilhou a informação por meio das redes sociais. Lync sofria de enfisema e, de acordo com fontes próximas do Deadline, sua saúde teria piorado após ele ter sido forçado a deixar sua casa devido ao incêndio em Los Angeles.
Em um post de despedida, a família de Lynch expressou profunda tristeza pela perda. “Há agora um grande vazio no mundo com a sua partida. Mas, como ele mesmo diria, ‘Olhe para o donut e não para o buraco’. É um dia lindo, com um sol dourado e céu azul por toda parte”, dizia a publicação.
Em uma entrevista à imprensa internacional no ano passado, Lynch revelou que, devido ao enfisema e aos receios em relação à Covid-19, não conseguia mais sair de casa. O que quer dizer que, se voltasse a dirigir, teria que fazê-lo de maneira remota. No entanto, o cineasta deixou claro que, apesar das dificuldades físicas, nunca pensaria em se aposentar.
Conhecido por sua habilidade em criar universos surreais, perturbadores e emocionalmente intensos, Lynch marcou profundamente o mundo das artes visuais, em que explorava os limites entre o real e o imaginário. Sua carreira decolou com o cultuado Eraserhead (1977), um filme experimental que revelou seu talento para mesclar o grotesco com o sublime.
Em 1980, consolidou sua posição no mainstream com O Homem Elefante, indicado a oito Oscars, incluindo Melhor Diretor. Lynch continuou desafiando convenções com obras icônicas como Veludo Azul (1986), que abordou a dualidade entre a tranquilidade suburbana e a violência oculta, e a série Twin Peaks (1990-1991), que redefiniu a televisão ao unir mistério, drama e surrealismo.
Ao longo de sua carreira, ele transitou entre o cinema, a TV e outras formas de expressão artística, como a música, pintura e fotografia. Filmes como Estrada Perdida (1997), Cidade dos Sonhos (2001) e Império dos Sonhos (2006) endossaram sua personalidade cinematográfica: narrativas fragmentadas, atmosferas inquietantes e imagens oníricas.
Além do cinema, David se aventurou como músico e como artista plástico. O cineasta ainda criou a Fundação David Lynch, dedicada a promover a meditação transcendental, prática que defendia como essencial para a criatividade.
Quer participar do canal da Vogue Brasil no WhatsApp?
Basta clicar neste link para participar do canal e receber as novidades em primeira mão. Assim que você entrar, o template comum de conversa do WhatsApp aparece na sua tela. A partir daí, é só esperar as notícias chegarem!