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Pratas da Casa: como o Brasil se prepara para acolher a nova geração de idosos no turismo e na cultura | Lifestyle

Afirmo tudo isso em primeira pessoa. Filha única e tardia de pais mais velhos, Leci Brasil e Getúlio dos Santos, sempre influenciaram o meu pulso cultural para o consumo de bens com legados intangíveis como estudo, viagens e artes. E hoje, quase quarenta anos depois, minha mãe, na casa dos 70 anos e meu pai se aproximando dos 90 (sim, eles pediram para não expor com exatidão a idade. Risos), seguem ativos, engajados e leais aos locais que acolhem e entendem suas limitações. Eles frequentam bons restaurantes, assistem a shows e viajam, mesmo que seja para destinos próximos para escapar eventualmente da rotina. E as boas notícias não param por aí!
A economia prateada, que abrange o consumo de produtos e serviços voltados para os mais velhos, está crescendo. Estudos indicam que os idosos estão investindo mais em experiências de lazer e cultura, contribuindo significativamente para a economia. De acordo com o IBGE, a expectativa é de que o Brasil tenha mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais até 2030. Portanto, é essencial que o setor de turismo se adapte, oferecendo opções que priorizem conforto, segurança e acessibilidade.
Apesar dos desafios da adaptação para esta “Economia Prateada”, a boa notícia é que o futuro é promissor! À medida que os mais idosos buscam vivências enriquecedoras, o Brasil se torna um destino ainda mais atraente. Com acesso a cultura, experiências premium e viagens, essa nova geração amadurece com a saúde física e mental cada vez mais em dia, retroalimentando o ecossistema ao tornar-se “brand loyal” das marcas, empresas e experiências nas quais são bem recebidos, influenciado seus semelhantes e pessoas próximas de seu núcleo familiar.
Enquanto sociedade, temos a responsabilidade de garantir que não só a geração de prata mais privilegiada tenha a oportunidade de viver plenamente essa fase tão especial da vida, mas que também as políticas públicas forneçam condições dignas e confortáveis, com a acesso a saúde, educação e cultura para todos os nossos idosos. Afinal, envelhecer é uma “senhora” arte, e para aprender ou viver novas experiências, não existe mais idade.