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5 livros para expandir a consciência racial, segundo Luana Génot | Cultura

Pele Negra, Máscaras Brancas, primeiro livro de Frantz Fanon, é uma obra fundamental nos movimentos de luta antirracista desde sua publicação em 1952. Com uma abordagem psicanalítica, Fanon busca desalienar as pessoas negras do complexo de inferioridade imposto pela sociedade branca, desde a infância, e expõe os mecanismos através dos quais o colonialismo não apenas cria desigualdade econômica e social, mas também interioriza a ideia de que a cor da pele está associada à inferioridade – um processo que ele chama de “epidermização da inferioridade”. A obra é uma reflexão profunda sobre a relação negro-branco e articula conceitos da filosofia, psicanálise, psiquiatria e antropologia, influenciada por pensadores como Hegel, Sartre, Lacan, Freud e Aimé Césaire. Sua linguagem poética e erudita conduz os leitores a uma introspecção profunda sobre a própria relação com o racismo, desafiando-os a confrontar suas vulnerabilidades e, no caso dos brancos, suas responsabilidades no processo de dominação e sofrimento. Em um momento de crescente conscientização antirracista, a obra de Fanon permanece essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.