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Economia

Como a inteligência artificial fez a fortuna de Eduardo Saverin crescer R$ 70 bilhões em um ano

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Como a inteligência artificial fez a fortuna de Eduardo Saverin crescer R$ 70 bilhões em um ano




Cofundador do Facebook se tornou o brasileiro mais rico da história em lista de bilionários da Forbes. Sua fortuna quase dobrou em um ano por conta de valorização nas ações da Meta. O cofundador do Facebook Eduardo Saverin (dir.) e Darius Cheung cofundador da BillPin e CEO cofundador da tenCube adquirida pela McAfee participam do segundo aniversário da 99.co e do lançamento da 99PRO em Cingapura em 26 de maio de 2016.
Roslan Rahman/AFP/Arquivo
Eduardo Saverin, que fundou o Facebook junto com Mark Zuckerberg, se tornou o brasileiro mais rico da história na lista de bilionários da revista Forbes, divulgado nesta terça-feira (28).
Ele é dono de um patrimônio estimado em R$ 155,9 bilhões, um valor 87% maior do que a fortuna que ele tinha até o ano passado, de R$ 83,5 bilhões. É uma diferença de R$ 72,4 bilhões, quase o dobro.
A disparada no patrimônio do bilionário se deu por uma forte valorização das ações da companhia que ele ajudou a fundar. Em um ano, os papéis da Meta — novo nome do Facebook, que também é dono do Instagram e do WhatsApp — saltaram 78,84%, até o fechamento do pregão desta terça.
A empolgação do mercado com as ações da empresa é reflexo direto de uma forte onda de entusiasmo com a inteligência artificial, campo em que a Meta está investindo e se aventurando cada vez mais. (saiba mais abaixo)
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Inteligência artificial impulsiona os resultados
Em 2022, poucos meses depois do Facebook anunciar a sua mudança de nome para Meta e passar a investir pesado em tecnologias de metaverso e óculos de realidade aumentada, a companhia viveu um período de desconfiança dos investidores por conta de seu aumento de gastos com as pesquisas e projetos.
Esse momento ruim se estendeu por parte de 2023. Mas a empresa virou o jogo ao mudar seu foco para projetos de serviços com inteligência artificial. Investidores passaram a ver mais valor em empresas que fossem pioneiras, conforme pessoas e empresas entendiam melhor o potencial da IA como tecnologia transformadora.
Esse sentimento de otimismo impulsionou companhias de tecnologia, principalmente aquelas que fornecem produtos e serviços necessários para o avanço das ferramentas tecnológicas.
Além da própria Meta, um caso clássico é da fabricante de chips e semicondutores Nvidia. A empresa se tornou a queridinha dos investidores por fornecer microchips e semicondutores, as principais matérias-primas para a inteligência artificial e o mercado de games.
O patrimônio de Jensen Huang, presidente da Nvidia, inclusive, cresceu de US$ 21 bilhões no ano passado para mais de US$ 100 bilhões agora, acompanhando a alta de 166,35% nas ações da empresa no ano até aqui.
E a Meta segue pelo mesmo caminho: a companhia lançou o laboratório de inteligência artificial “Meta AI” e, em seu último balanço corporativo, disse que esse “está a caminho de ser o assistente de IA mais usado no mundo até o final do ano” — rivalizando com o já consagrado ChatGPT.
Os resultados dos investimentos também já começam a ser vistos. No segundo trimestre, a Meta teve uma receita 22% superior ao registrado no mesmo período de 2023, com US$ 39,1 bilhões. O lucro líquido subiu ainda mais, 73%, alcançando US$ 13,47 bilhões.
William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue, destaca que a empresa espera um “crescimento significativo nos investimentos em 2025” para apoiar as pesquisas e projetos na área, e que também aumentou suas projeções de receitas para o próximo trimestre deste ano, para US$ 39,75 bilhões.
E esses números positivos para a companhia, além de influenciar no preço das ações, também aumentam o patrimônio dos executivos que têm a maior parte de suas fortunas ligadas à Meta.
Além de Eduardo Saverin, o cofundador e presidente da empresa, Mark Zuckerberg, também ficou mais rico, com seu patrimônio passando de US$ 65 bilhões em 2023 para os cerca de US$ 180 bilhões de agosto de 2024 — o equivalente a R$ 995,7 bilhões.
Quem é Eduardo Saverin?
Eduardo Saverin nasceu em 1982 na cidade de São Paulo, mas foi criado nos Estados Unidos. Ele se formou em economia em Harvard, onde conheceu Zuckerberg e ajudou a criar o Facebook em 2004. Sua fortuna veio de uma participação minoritária da empresa, que viria a crescer anos mais tarde.
Nos anos seguintes, Saverin e Zuckerberg discordaram sobre os rumos da empresa. O embate foi parar na Justiça e foi retratado no filme “A Rede Social” (2010), em que Saverin é interpretado pelo ator Andrew Garfield.
O brasileiro fez o investimento inicial necessário para começar as operações da empresa, segundo o livro “Milionários Acidentais”, de Ben Mezrich, publicado em 2012.
Ele apareceu pela primeira vez na lista de bilionários da Forbes em 2011, após a abertura de capital do Facebook, que fez valorizar sua participação
O empresário vive com a mulher e o filho em Singapura desde 2012, quando renunciou a sua cidadania americana.
Desde 2016, ele é responsável pelo fundo de risco B Capital, criado com o Boston Consulting Group e o investidor Raj Ganguly. O fundo tem US$ 6,5 bilhões em ativos e é voltado principalmente para empresas de tecnologia em estágio avançado na Ásia, na Europa e nos Estados Unidos.

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