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Saiba como aeronaves das Forças Armadas atuam no combate aos incêndios no interior de SP
Na segunda-feira (26), foram usados dois helicópteros Pantera e o avião KC-390 para despejar água sobre focos ativos na região de Franca. Operação continua durante a semana. Avião e helicópteros das Forças Armadas despejam água em áreas atingidas pelo fogo
Aeronaves das Forças Armadas fizeram, logo pela manhã desta segunda-feira (26), o reconhecimento das áreas na região de Franca (SP) que ainda contavam com focos de incêndio.
Por volta das 13h, elas sobrevoaram novamente os locais, mas agora carregadas de água, para, então, combater as chamas que avançavam pelas plantações.
Inicialmente, levantaram voo dois helicópteros Pantera, com capacidade de despejar até 700 litros de água cada por passagem. Depois, foi a vez do avião KC-390, com capacidade para até 12 mil litros e que voou a cerca de 50 metros do solo para que pudesse ter mais precisão.
Segundo o general do Exército Guido Amin Neves, o início dos voos teve de ser adiado no fim de semana devido às condições climáticas.
“Estamos com militares, equipamentos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Só não atuamos antes porque a própria condição meteorológica não permitiu que as aeronaves decolassem”, disse.
Para ganhar tempo, os helibaldes, que são os baldes das aeronaves suspensos por um cabo, são abastecidos com água de lagos da região.
Avião KC-390, das Forças Armadas, auxilia no combate às queimadas no interior de SP
Reprodução/EPTV
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Operação continua
Novos voos de reconhecimento para encontrar eventuais focos de incêndios ativos são feitos na manhã desta terça-feira (27).
Apesar da situação mais controlada, Luiz Cláudio Macedo, brigadeiro da Força Aérea Brasileira (FAB), destaca que o posto das Forças Armadas continuará montado no Aeroporto de Ribeirão Preto por mais dias.
“Nós temos não só os voos de reconhecimento, mas todas as informações meteorológicas à disposição, as equipes do Corpo de Bombeiros. Permaneceremos aqui até a conclusão de todas as etapas”, pontua.
Posto das Forças Armadas foi montado no Aeroporto de Ribeirão Preto
Reprodução/EPTV
Cidades em alerta
A onda de incêndios que atinge o interior de São Paulo já deixou 48 cidades da região em alerta máximo para queimadas.
Duas pessoas morreram e mais de 800 tiveram que deixar suas casas desde que o fogo começou, na quinta-feira (22), segundo dados do governo estadual.
A região teve mais de 2,3 mil focos de incêndio em apenas três dias, de acordo com a Defesa Civil. Imagens de moradores de cidades afetadas mostram o céu coberto por uma camada de fumaça.
Foi o agosto com mais focos de incêndio da história do estado de São Paulo desde 1998.
Na sexta, o governo instalou um gabinete de crise devido aos incêndios. A “Operação SP sem fogo” integra especialistas da Defesa Civil do estado e das secretarias da Segurança Pública (SSP), Agricultura e Abastecimento, e Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).
Fogo na região de Pitangueiras, SP, atinge grandes proporções
Reprodução/EPTV
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