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Observatório registra chuvas de até 20 meteoros por hora no interior de SP; entenda o fenômeno

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Observatório registra chuvas de até 20 meteoros por hora no interior de SP; entenda o fenômeno

Registros foram feitos por observatório astronômico localizado em Nhandeara (SP), entre domingo (28) e terça-feira (30). Baixa poluição ambiental na região permite que o fenômeno seja visto com mais facilidade. Chuva de meteoros registrada em Nhandeara (SP)
Reprodução/Astrocan
Chuvas de até 20 meteoros por hora foram registradas em Nhandeara (SP), entre domingo (28) e terça-feira (30). O efeito luminoso foi capturado pela estação de um observatório astronômico localizado no município.
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As câmeras de alta definição captaram dois fenômenos luminosos diferentes e conhecidos como Delta Aquáridas e Alpha Capricornideos. O nome das chuvas é derivado do ponto no céu de onde os meteoros parecem se originar, localizado nas constelações de Aquário e de Capricórnio.
A Alpha Capricornideos é conhecida por ser brilhante e oferece uma taxa menor, com cinco meteoros por hora. O outro evento celestial é o Delta Aquáridas, cuja chuva é caracterizada por uma taxa de 15 a 20 meteoros por hora, e oferece um espetáculo noturno de alta intensidade.
O pico de ambos ocorre em meados de julho e agosto. Em entrevista ao g1, o astrônomo amador Renato Cássio Potrinieri conta que, com apenas uma câmera, eles conseguiram captar vários meteoros nos últimos 30 dias em Nhandeara.
“Só para se ter uma ideia, no mapa, no mês de julho, em uma só câmera, foram mais de mil meteoros durante o período.”
Renato Cássio Potrinieri é astrônomo amador em Nhandeara (SP)
Arquivo pessoal
Fenômenos luminosos
Renato explica que os dois fenômenos luminosos são vistos com mais facilidade no interior de São Paulo por conta da baixa poluição ambiental.
“Elas ocorrem devido à passagem de cometas periódicos que se aproximam da terra. O sol os aquece e, com isso, eles soltam poeiras e partículas, causando uma trilha de detritos. Quando a Terra passa pela trilha deixada pelo cometa, provoca a chamada chuva de meteoros”, explica Renato.
Ainda segundo ele, o fenômeno de luz ocorre anualmente, sempre nesta época do ano, mas, por meio desses registros, é possível fazer estudos que ajudam a identificar de onde eles vêm. Muitos são catalogados em seu radiante e corpos parentais. Os registros revelam detalhes sobre as mais de mil partículas existentes na Terra.
A chuva de meteoros é um fenômeno atmosférico no qual um conjunto de meteoros é observado entrando na atmosfera terrestre, em uma mesma região no céu.
Os meteoros representam a entrada de fragmentos na atmosfera, com velocidades muito altas. Eles ficam incandescentes após atrito com os gases que compõem a nossa atmosfera. A maioria dos meteoros é pequena e, por isso, desintegra-se e não atinge a superfície do planeta.
Chuva de meteoros registrada em Nhandeara (SP)
Reprodução/Astrocan
Riscos ao meio ambiente
Muitas pessoas acreditam que os fenômenos podem trazer riscos à população e, até mesmo, ao ecossistema. No entanto, a situação é contestada pelos especialistas na área climática.
Para o climatologista Vagner Camarini, o efeito de luz não traz influências à saúde das pessoas ou ao planeta Terra. Entre os estudiosos, isso é considerado comum.
“Esse fenômeno não interfere no clima do planeta e nem na saúde humana”, explica Camarini.
Mapa de captura da chuva de meteoros em Nhandeara (SP)
Reprodução/Astrocan
Pesquisas
O observatório de Nhandeara surgiu por meio do Clube de Astronomia, criado em 2009. Os astrônomos amadores percorrem vários pontos da cidade com telescópios e câmeras de alta resolução, capazes de capturar os mais diferentes efeitos.
Atualmente, o observatório integra a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon).
No Brasil, existem mais de 300 chuvas de meteoros registradas e catalogadas. Algumas delas foram captadas no interior de São Paulo por astrônomos amadores.
As chuvas de meteoros também ajudam a compreender a formação do sistema solar. Ao investigarem a propriedade dos detritos, os especialistas conseguem entender mais sobre os cometas e, até mesmo, os fragmentos lunares e marcianos, além de objetos próximos à orbita terrestre com atividade.
Chuva de meteoros registrada em Nhandeara (SP)
Reprodução/Astrocan
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