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Venda da Avibras para empresa australiana não é concluída

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Venda da Avibras para empresa australiana não é concluída

Avibras diz que empresa australiana Defendtex ‘não cumpriu condições’ para fechar transação de aquisição e que não tem mais exclusividade nas negociações. Avibras, em Jacareí
Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos
A Avibras, indústria bélica brasileira, emitiu um comunicado nesta quarta-feira (31) em que informa que a DefendTex não cumpriu as condições para adquirir a empresa no prazo estabelecido. Acrescentou ainda que a empresa australiana não tem mais exclusividade nas negociações.
As negociações são uma tentativa de recuperar a situação econômico-financeira da Avibras, além de retomar as operações, paralisadas há mais de dois anos – veja detalhes mais abaixo.
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Venda da Avibras para empresa australiana não é concluída
No comunicado, a Avibras informou que, até esta quarta-feira, a “DefendTex não cumpriu condições precedentes necessárias para fechar a transação de aquisição da companhia”.
A empresa bélica brasileira afirmou ainda que continua apoiando os esforços da DefendTex e disse que já reiniciou negociações com outras empresas.
“A Avibras continua empenhada em encontrar uma solução para sua situação e já reiniciou negociações com outras partes interessadas, inclusive com investidores que recentemente demonstraram interesse em uma possível transação”, continuou.
A reportagem acionou o Ministério da Defesa e a DefendTex, mas, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.
O Sindicato dos Metalúrgicos disse que a Avibras afirmou aos trabalhadores que estaria empenhada em obter aporte financeiro para dar continuidade às operações.
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Recuperação judicial
Em 22 de março de 2022, a Avibras pediu recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 600 milhões. Em julho de 2023, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa.
A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.
Fábrica da Avibras em Jacareí
Reprodução/TV Vanguarda
Demissões e greve
A crise na Avibras se arrasta há alguns anos. Em 18 de março de 2022, a empresa demitiu cerca de 400 trabalhadores na fábrica em Jacareí. Na época, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que não houve nenhum comunicado prévio ou tentativa de negociação sobre medidas para evitar as demissões, como adoção de um layoff (suspensão de contratos), por exemplo.
A fábrica alegou que teve de adotar “ações de reestruturação organizacional da empresa, mantendo as atividades essenciais para o cumprimento dos compromissos contratuais assumidos junto aos seus clientes”. Ao mesmo tempo em que fez o corte, pediu à justiça a recuperação judicial alegando dívida de R$ 600 milhões.
A entidade recorreu à Justiça do Trabalho e conseguiu reverter o corte porque o juiz entendeu que não seria possível ter recuperação, se não havia força de trabalho na empresa.
Com a readmissão, a empresa colocou os funcionários em layoff. Os trabalhadores da Avibras de Jacareí entraram em greve, reivindicando a garantia de estabilidade para todos os funcionários, pagamento dos salários atrasados e também para que a empresa adote um sistema de trabalho rotativo, no qual os grupos se revezem entre o layoff e o trabalho na fábrica.
Trabalhadores da Avibras protestam contra atrasos de salário e estatização em trecho da Rodovia dos Tamoios
Divulgação
Avibras
A Avibras Aeroespacial é a maior indústria bélica do país e foi fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP). Ela é uma das primeiras empresas nacionais a atender o setor aeroespacial.
A empresa desenvolve tecnologia para as áreas de Defesa e Civil. A organização foi uma das primeiras no Brasil a construir aeronaves, desenvolver e fabricar veículos espaciais para fins civis e militares.
Presente no mercado nacional e internacional, a empresa tem sede em Jacareí, no interior de São Paulo, e desenvolve diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira, além de produzir sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) – o Falcão.
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