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Em crise hídrica, Artur Nogueira recebe da Força Aérea água que iria para o Sul e tenta evitar colapso em escolas e centros de saúde

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Em crise hídrica, Artur Nogueira recebe da Força Aérea água que iria para o Sul e tenta evitar colapso em escolas e centros de saúde

Situação na cidade é ainda pior que a crise de 2014; represa que abastece a cidade está com 15%. Galões de água serão distribuídos pela prefeitura. Município está em racionamento há um mês. Em crise hídrica severa e volume da represa que abastece a cidade apenas em 15%, Artur Nogueira recebeu uma doação de água da Força Aérea Brasileira que iria para o Rio Grande do Sul. Com a normalização da situação após uma enchente que paralisou o estado por um mês, o material foi repassado à cidade do interior de São Paulo, que enfrenta racionamento desde o início de julho, quando a represa ainda estava em 40%.
Em colaboração com a Força Áerea de Pirassununga (SP), a Prefeitura de Artur Nogueira vai distribuir os 300 paletes com galões de água a escolas e centros de saúde, para evitar desabastecimento em serviços essenciais.
“Na primeira fase, a água será distribuída para escolas municipais e estaduais, assegurando que alunos e profissionais tenham acesso ao recurso para a merenda escolar e consumo diário. Essa medida é essencial para garantir o funcionamento normal das atividades escolares, mesmo em tempos de escassez”, diz o texto do Serviço de Água e Esgoto de Artur Nogueira (Saean).
Crise mais severa que a de 2014
Segundo o Saean, a crise hídrica que afeta Artur Nogueira e outras cidades da região é “ainda mais severa do que a de 2014”, e “reduziu significativamente o nível do reservatório Cotrins, que abastece a cidade, impedindo que a ETA 2 possa auxiliar a ETA 3 de maneira eficaz”.
A administração municipal afirmou que estabelece, constantemente, ações para tentar mitigar os efeitos da crise. Segundo a prefeitura, “nos próximos dias’ será realizado o desassoreamento da represa Cotrins.
Além disso, o Saean afirmou que alugou uma estação de tratamento de água temporária e está utilizando caminhões-pipa para garantir o abastecimento das áreas mais altas dos bairros. Todos os poços disponíveis foram ativados, e houve a limpeza e desassoreamento do leito do Cotrins, aproveitando o período de seca.
📑 O que significa o decreto de estado de crise hídrica?
Há um mês, o município decretou estado de crise hídrica, que previa quatro etapas de medidas de contingência em caso de redução do nível da represa. Veja detalhes:
Nível 1: represa em 60%, decretar estado de alerta;
Nível 2: represa em 50%, suspensão de licenças de servidores do DAEE;
Nível 3: represa em 40%, racionamento [este é o estado atual]
Nível 4: suspensão de água para indústrias e zona rural.
Além disso, com o decreto de crise hídrica, a prefeitura pode, por exemplo, confiscar poços de empresas privadas para garantir o abastecimento.
➡️ Diante do cenário preocupante, as medidas adotadas para diminuir os impactos são, segundo o Saean:
manutenção dos filtros da ETA 3;
aluguel de uma estação de tratamento de água temporária;
aquisição de caminhões-pipa para abastecer áreas mais altas;
construção de novo reservatório com capacidade de 5 milhões de litros;
ativação de todos os poços disponíveis;
limpeza do leito do Cotrins.
“Complementando essas medidas, o Saean está realizando uma campanha de conscientização com carros de som pelas ruas, informando a população sobre a gravidade da situação e as medidas que estão sendo tomadas. Essa campanha busca engajar os moradores na preservação e uso racional da água, essencial para superar a crise”, diz a nota.
Represa que abastece Artur Nogueira opera com 20% da capacidade
Reprodução/EPTV
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