Política
Deputados e ministros são vítimas de hackers suspeitos de fraudar emissão de passagens aéreas, diz PCDF
Investigação aponta que viagens vendidas por 1/3 do valor de mercado aconteciam, no máximo, três dias após a compra para empresas não desconfiarem. Criminosos invadiam programas de milhas. Hackers emitiam passagens para viagens que aconteceriam em, no máximo, três dias para que as companhias aéreas não desconfiassem das fraudes.
Reuters
Deputados distritais da Câmara Legislativa do DF (CLDF), cerca de 20 deputados federais e alguns ministros foram vítimas de hackers suspeitos de invadir programas de milhagem e fraudar emissão de passagens áreas, segundo investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
Ao todo, são cerca de 700 vítimas no país. A operação contra o grupo criminoso foi realizada na manhã desta quarta-feira (31).
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Os nomes das vítimas não foram divulgados. De acordo com a investigação, os hackers miravam pessoas com alta pontuação em sistemas de milhagem, como parlamentares e agências de turismos da capital.
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Os suspeitos emitiam passagens para viagens que aconteciam em no máximo três dias para que as companhias aéreas não desconfiassem da fraude. Segundo a polícia, as passagens eram vendidas por cerca de 1/3 do valor praticado no mercado.
A investigação mostra ainda que as passagens eram compradas por meio de PIX, em contas de laranjas. O prejuízo para as companhias é de R$ 10 milhões, segundo a PCDF.
Em nota, a Latam disse que “acompanha de perto casos de fraude e colabora com as investigações relacionadas”. O g1 tenta contato a Gol. As duas empresas foram vítimas dos supostos hackers.
Operação
Na operação desta quarta-feira, os agentes cumpriram um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão de bens, bloqueios de contas e sequestro de carro de luxo, na cidade de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Veja no vídeo abaixo o homem detido sendo trazido para a carceragem da PCDF, em Brasília. O nome dele não foi divulgado. As penas dos investigados podem chegar a 39 anos de prisão.
Homem preso em operação da PCDF em Campo Grande foi levado para Brasília.
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