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UFMG desenvolve ferramenta de Inteligência Artificial para identificar focos do Aedes aegypti – Notícias

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UFMG desenvolve ferramenta de Inteligência Artificial para identificar focos do Aedes aegypti – Notícias



Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Sheffield, no Reino Unido, desenvolveram um software que utiliza Inteligência Artificial (IA) para identificar focos de dengue em áreas urbanas. 


O projeto interdisciplinar acontece em parceria com pesquisadores em Saúde Pública da USP que, desde 2020, coletam dados para analisar o comportamento do mosquito em áreas urbanas. O objetivo é conseguir estabelecer estratégias melhores para que os agentes de saúde foquem o trabalho deles em regiões específicas. 


“Atualmente, o programa nacional de combate à dengue prevê que os agentes cubram cidades inteiras, espaços muito grandes com equipes muito pequenas. O que os estudos mostram é que você pode usar fatores ambientais para auxiliar a tomada de decisão e estabelecer quais áreas os agentes têm que focar para combater o mosquito”, explicou Jefersson Alex dos Santos, que coordena os estudos na UFMG. 



A partir da análise do comportamento do mosquito, os pesquisadores do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFMG desenvolveram um sistema que automatiza o processo. Por meio de imagens aéreas e de fachadas de residências, uma Inteligência Artificial treinada identifica áreas que tem maior índice de infestação. 


“Obviamente que isso é só um indicador. A tomada de decisão vai passar pelo cruzamento desses dados com outros fatores. A gente pretende, nas próximas fases, incluir outras informações ambientais”, explicou o especialista. 


Os resultados do estudo foram descritos no artigo Automatic mapping of high-risk urban areas for Aedes aegypti infestation based on building facade image analysis, que está em fase de revisão. O objetivo é que a ferramenta possa ser utilizada em qualquer cidade do Brasil, e até mesmo do mundo, o que depende de investimento do poder público. 


Novas vacinas


É também de Minas Gerais que podem surgir duas novas vacinas contra a dengue, com tecnologia 100% brasileira. Os projetos, desenvolvidos pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), podem custar até 50% menos que a vacina importada usada no Brasil atualmente, a Qdenga.


Caso os medicamentos sejam considerados eficazes, as avaliações vão evoluir, chegando até humanos. Os testes finais, no entanto, vão depender do resultado de outro projeto.


Dengue em Minas


Segundo o Painel de Monitoramento de Casos, feito pela Secretaria Estadual de Saúde, Minas Gerais tem 108.589 casos confirmados de dengue e 311.333 casos prováveis. Até o momento, 35 pessoas morreram pela doença e 179 óbitos estão em investigação.


Dengue em BH


Em uma semana, Belo Horizonte teve um aumento de 60% nos números de casos de dengue, segundo o Boletim Epidemiológico divulgado na manhã desta terça-feira (27). Neste ano, já foram confirmados 7.665 casos de dengue na capital mineira, com sete óbitos. Há 29.159 casos notificados pendentes de resultados de exames laboratoriais e avaliações epidemiológicas. Foram investigados e descartados 4.819 casos.



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