Política
Indústria do Plástico prevê investimento de R$ 42,3 bi para próximos quatro anos – Notícias
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) prevê um investimento de R$ 42,3 bilhões nos próximos quatro anos no setor, levando em conta as necessidades de adequações e desenvolvimento de novos produtos, com investimento principalmente em reciclagem e logística reversa, por exemplo. Diante do cenário, o órgão destacou a importância da Nova Política Industrial para fomentar o desenvolvimento da manufatura no Brasil.
A Nova Política foi anunciada no fim de janeiro pelo governo e prevê incentivos para os setores industriais, como o segmento químico, automotivo e de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. A entidade destacou que um dos pontos positivos é a “política de depreciação acelerada”. Com ela, há incentivo de renovar maquinários em dois anos.
“A depreciação acelerada que há anos era esperada, assim como metas claras e, sobretudo transparentes, podem nos encaminhar para o avanço sobremaneira de nossa produtividade e competitividade”, disse a Associação em nota.
Segundo o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz, o setor de plástico vai aproveitar a oportunidade oferecida pelo governo para redobrar os esforços com foco no aumento da competitividade dos produtos nacionais. No entanto, ele destaca que é importante desenvolver metas de curto, médio e longo prazo, em conjunto com políticas de governanças capazes de monitorar a efetividade dos incentivos.
“Em termos de desafios, é fazer com que os programas e incentivos realmente cheguem no chão da fábrica e impactem na produtividade e competitividade da indústria”, afirmou Roriz.
Ele também destacou a renovação do Regime Especial da Indústria Química, que atinge diretamente o setor químico, mas também beneficia de forma indireta o segmento de plásticos. O presidente defende, além disso, que seja criado um Regime Especial para a Indústria de Reciclagem de Plásticos, para fomentar a atividade de reciclagem e criar uma identidade tributária para produtos reciclados.
Roriz também defende a importância de se criar créditos presumidos de impostos para combater a bitributação dos reciclados.