Brasil
Ciclista morto ao cair em ribeirão no Carnaval estava em BH para reencontrar o irmão após 8 anos – Notícias
O ciclista que morreu ao cair dentro do Ribeirão Arrudas, na região Leste de Belo Horizonte, na madrugada desta sexta-feira (9), após cortejo de um bloco de Carnaval, estava na capital mineira para reencontrar o irmão, que não via há nove anos.
Poucas horas antes de morrer, Hegler Ayran Quirino, de 34 anos, celebrou o encontro em uma rede social. “Hoje, enfim, a família está quase reunida. Brindamos a você meu irmão mais novo. Família é tudo”, escreveu.
Uma amiga do ciclista contou à reportagem que o irmão de Quirino mora nos Estados Unidos e veio à capital mineira para visitar a família. Quirino, que é de BH, estava morando em Jericoacoara, no Ceará.
O ciclismo era um dos hobbies favoritos dele. Nas redes sociais, Quirino compartilhava diversas fotos praticando esportes, com medalhas e em viagens.
O corpo do ciclista vai ser velado em Belo Horizonte, neste sábado (10).
A queda
O acidente aconteceu durante a madrugada. Testemunhas contaram que Hegler Ayran Quirino teria perdido o controle da bicicleta e batido na mureta de proteção do ribeirão Arrudas, na avenida dos Andradas, na altura do bairro Santa Efigênia, na região leste.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a queda foi de uma altura de 10 metros e houve várias tentativas de reanimar o ciclista, porém foi confirmado a morte dele ainda no local.
Segundo a organização do Bloco da Bicicletinha, o acidente aconteceu em um local que estava fora da rota do cortejo. Batedores teriam encontrado um ciclista pedindo ajuda para o colega após o fim do desfile.
“Sentimos muito que este tenha sido o desfecho de uma vida ciclista, que – assim como nós – gostava de ocupar a cidade, festejar e viver sobre duas rodas. O Bloco da Bicicletinha está em luto e se coloca à disposição da família da vítima”, declarou o grupo carnavalesco.
O Bloco da Bicicletinha desfila em Belo Horizonte há 10 anos. O grupo reúne foliões em bicicletas para pedalar pelas ruas da capital mineira, chamar atenção para a mobilidade e ocupação do espaço urbano, enquanto curtem a folia.